O Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou nesta sexta-feira (31) o pedido de habeas corpus solicitado pelos advogados de Ed Pereira, ex-secretário municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis. O despacho que indeferiu o pedido foi assinado pelo desembargador Sergio Rizelo.
Ed Pereira foi preso na quarta-feira (29), na segunda fase da chamada Operação Presságio, da Polícia Civil, que investiga um esquema de corrupção e desvio de dinheiro na prefeitura da Capital. Junto com ele, também foram presos o ex-diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, Renê Justino; o professor de educação física terceirizado da Prefeitura da Capital, Lucas da Rosa Fagundes e o ex-diretor financeiro da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), Cleber Ferreira.
O advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, que comanda a defesa do ex-secretário, protocolou nesta mesma sexta-feira (31) um outro instrumento jurídico tentando reverter a ordem de prisão cumprida contra Ed Pereira. Desta vez, foi uma liminar que busca anular a decisão, o que poderá ser julgado ainda durante o fim de semana.
A Polícia acredita que Ed Pereira chefiava um esquema que criava empresas de fachada para receber dinheiro por serviços prestados de forma fraudada ou indevida. Com o habeas corpus negado, ele deve permanecer preso até decisão em contrário.
As investigações iniciaram em janeiro de 2021, depois que uma empresa contratada pela Prefeitura para fazer a coleta do lixo estava depositando resíduos junto à entrada da Passarela Nego Quirido, a poucos metros do mar. No entanto, após uma operação de busca e apreensão recolher os telefones celulares dos envolvidos, os policiais descobriram registros de conversas que confirmaram o esquema criminoso inclusive envolvendo outros setores da Prefeitura, como projetos sociais do esporte e a contratação de uma empresa para abrigar equipamentos do Carnaval em galpões junto ao CentroSul.