Denúncia do MP diz que filho participou da morte da mãe esteticista

A denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que o filho adolescente da esteticista Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, teria participado do assassinato da mãe, junto a seu pai. A vítima foi encontrada morta em maio, debaixo do piso da casa onde morava, em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Conforme a denúncia, o adolescente teria sido corrompido pelo pai, que o teria induzido a ajudá-lo, cometendo as infrações de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

“O denunciado [pai], de forma livre e voluntária, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, imbuído de manifesto propósito de ceifar a vida de outrem, em comunhão de esforços e unidade de desígnios com seu filho, animado por motivo torpe e por razões da condição de sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar, mediante tortura, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, matou sua ex-companheira e mãe do adolescente, Michele de Abreu Oliveira, com quem coabitava”, explica a denúncia do MP.

O pai do adolescente está sendo acusado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. A defesa dele afirma “confiar na apuração minuciosa dos fatos pelas autoridades competentes e na demonstração da verdade no decorrer das investigações”.

Relembre morte de esteticista

Michele de Abreu Oliveira, uma esteticista de 42 anos que estava desaparecida desde o dia 10 de maio, foi encontrada morta e com sinais de violência 12 dias depois, enterrada sob o piso da cozinha da casa onde morava há cerca de dez anos em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Segundo as investigações, a vítima e o ex-companheiro tinham uma relação conturbada. Mesmo após quatro anos separados, os dois ainda moravam juntos em uma casa de dois andares, onde também vivia o filho caçula do casal, de 16 anos.

De acordo com a família da esteticista, ela era constantemente ameaçada de morte pelo ex, contra quem registrou um boletim de ocorrência (BO), em abril, por violência doméstica. Ao todo, conforme a Polícia Militar, o homem possui 94 BOs em seu nome. 

A Polícia Civil informou que a Justiça chegou a expedir duas medidas protetivas que impediam o suspeito de se aproximar da ex-mulher. Uma delas em 2021. A segunda medida, foi deferida em abril, mas acabou sendo revogada a pedido da própria Michele. Em 24 de maio, o ex-companheiro e o filho da vítima foram presos, suspeitos pelo assassinato.