Advocacia: dignidade em meio ao caos
Entre prazos apertados e desafios diários, advogado encontra resiliência fazendo a diferença
Região Santa Catarina
Os desafios são muitos, mas cada conquista é uma vitória
Nesta última semana comemorou-se o dia mundial da conscientização do autismo. Muito se fala a respeito. O transtorno ganhou nova fama nos últimos tempos com a quantidade de diagnósticos novos, o que levou alguns mais pessimistas a afirmarem em alto e bom tom que “tudo é autismo”. Nem tudo é e ainda bem que se tem acesso a médico para se descobrir o que antes era “estranheza”, “loucura” e até “falta de chinelo”…
O autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento, que afeta a fala, a interação social, a sensibilidade auditiva, da pele e do caminhar. Pode estar associado à deficiência intelectual também. Por força de lei, é considerada pessoa com deficiência toda aquela acometida pelo transtorno, que exige um diagnóstico médico.
A pessoa com autismo, seja ela adulta ou criança, pode receber, se proveniente de família de baixa renda, o benefício assistencial, no valor de um salário-mínimo. O amparo tem a função de contribuir para o sustento da família que se dedica a uma pessoa com peculiaridades e que necessita de tratamento multidisciplinar: médico, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.
O autista que trabalha também pode solicitar, se mulher aos 28 anos de tempo de contribuição e se homem aos 33 anos de tempo de contribuição, a aposentadoria da pessoa com deficiência. Essa modalidade de aposentadoria não exige idade mínima.
Além disso, a pessoa com autismo que contrata o plano de saúde tem direito a todas as terapias sem a cobrança de coparticipação. Não é raro os planos realizarem a cobrança e obrigarem o autista a procurar a Justiça para ver seu direito resguardado.
Os desafios são muitos, mas cada conquista é uma vitória. Conscientizar é o primeiro passo, mas é a luta contínua por direitos e dignidade que realmente transforma vidas.