Prefeitura de Brusque recebe verbas para obras pós-enchente

A Prefeitura de Brusque recebeu nesta quinta-feira (25) a confirmação da liberação de recursos para o enrocamento de trechos da Avenida Governador Luiz Henrique da Silveira, conhecida como Beira Rio da Margem Esquerda. O Governo do Estado aprovou o projeto de recuperação, fortalecimento e prevenção de enchentes para as encostas. A Secretaria de Infraestrutura fez a solicitação após o decreto de emergência devido às cheias de 2024.

Formalizada em 25 de junho deste ano, a solicitação foi necessária devido aos diversos danos sofridos pela via, causados pelas mais de 12 vezes que o Rio Itajaí-Mirim transbordou em Brusque nos últimos meses. O plano de trabalho apresentado pela prefeitura destacou a necessidade urgente de reduzir a erosão nas margens do rio e recuperar a encosta.

De acordo com a prefeitura, o valor da obra supera R$ 2,4 milhões e que realizarão o enrocamento nos dois pontos mais críticos da avenida, onde o rio faz curvas. O primeiro deles é nas proximidades da Ponte dos Bombeiros e, o segundo no empreendimento de lojas River Mall.

Atualmente, as calçadas da via estão danificadas, dificultando a passagem de pedestres e ciclistas. A recuperação das calçadas só poderá ser feita após o fortalecimento das encostas, garantindo a segurança e a estabilidade da infraestrutura local.

Enchentes e os impactos na economia

Brusque enfrenta um desafio contínuo com enchentes frequentes nos últimos cinco anos. Em 2023, o município registrou 11 eventos significativos em um curto período. Em 2024, por exemplo, pelo menos duas vezes o rio Itajaí-Mirim também saiu da calha devido às chuvas. Esses eventos afetam diretamente a vida dos moradores e, ainda assim, a infraestrutura local.

Dados da Defesa Civil indicam que em 2023, as cheias ocorreram principalmente entre outubro e novembro, com o Rio Itajaí-Mirim atingindo picos preocupantes. O O rio alcançou 8,96 metros em 17 de novembro, registrando o terceiro maior nível da história da cidade. O manancial alcançou 8,96 metros em 17 de novembro, registrando o terceiro maior nível da história da cidade.

As enchentes causaram prejuízos estimados em quase R$ 30 milhões. Áreas críticas como a Avenida Bepe Rosa e a Avenida Luiz Henrique da Silveira sofreram danos de grande monta, somando mais de R$ 15 milhões em estragos. O poder público também enfrentou custos não planejados devido a problemas na Ponte Arthur Schlosser e na Rua Francisco Sassi.