Região Grande Florianópolis

Mulher é encontrada morta sob o piso de casa após desaparecimento

Evidências apontam para feminicídio; ex é o principal suspeito

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Mulher é encontrada morta sob o piso de casa após desaparecimento
Fotos: Reprodução / Redes sociais

Michele de Abreu Oliveira, uma esteticista de 42 anos que estava desaparecida desde o dia 10 de maio, foi encontrada morta e com sinais de violência na quarta-feira (22), enterrada sob o piso da cozinha da casa onde morava há cerca de dez anos em Palhoça, na Grande Florianópolis. As evidências apontam para um feminicídio, mas outros tipos de crime não são descartados.

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Segundo a delegada responsável pelas investigações, Gisele de Faria Jerônimo, o ex-companheiro da vítima, com quem ela tinha uma relação conturbada, é o principal suspeito. Mesmo após quatro anos separados, os dois ainda moravam juntos em uma casa de dois andares, onde também vivia o filho caçula do casal, de 15 anos.

De acordo com a família da esteticista, ela era constantemente ameaçada de morte pelo ex, contra quem registrou um boletim de ocorrência (BO), em abril, por violência doméstica. Ao todo, conforme a Polícia Militar, o homem possui 94 BOs em seu nome. Ainda segundo a delegada Gisele, a polícia desconhece, até o momento, o paradeiro do suspeito e do filho.

Estado de putrefação

A família de Michelle afirmou ter ido ao Instituto Médico Legal (IML), situado no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Lá, eles foram informados de que quando encontrada, ela estava em estado de putrefação e com marcas de tortura. Michele teria morrido por conta de um traumatismo cranioencefálico.

O corpo foi localizado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência, por volta das 19h30 de quarta. “Ela estava enterrada no piso inferior da residência, em um cômodo que parecia uma cozinha, um anexo de uma cozinha. Tinha pia, mesa era um cômodo fechado. Ela estava camuflada sob o piso dessa cozinha“, explicou a delegada.

Família recebeu mensagens

Três familiares de Michele afirmaram ter recebido mensagens através do WhatsApp da vítima após seu registro de desaparecimento, as quais diziam que ela teria ido para Criciúma. “Oi boa noite. Estou numa vida e assim que der a gente se fala vou me organizar primeiro”, diz uma dos textos.

Outra mensagem enviada ao filho afirma que ela iria trocar de número, e que entraria em contato quando conseguisse. No entanto, os destinatários das mensagens alegam que essa não era a forma que a esteticista costumava escrever. Portanto, acreditam que o contato não tenha sido feito por ela.

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