O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou uma operação que investiga crimes de corrupção passiva, infrações à lei de parcelamento do solo urbano, crimes ambientais e associação criminosa. A ação, que envolve servidores e ex-servidores da Fundação do Meio Ambiente de Camboriú (Fucam). As buscas foram realizadas nesta sexta-feira (25) em parceria com a 3ª Promotoria de Camboriú, tendo como um dos alvos a Câmara de Vereadores.
Embora o Gaeco não divulgue os envolvidos, o Poder Legislativo de Camboriú confirmou que as buscas foram no gabinete do vereador Claudinei Loos (MDB). O parlamentar já foi Secretário de Planejamento, Presidente da Câmara e chegou a ser prefeito em exercício da cidade.
A operação é uma continuidade das investigações iniciadas em dezembro de 2023, quando o Gaeco cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Camboriú. Nesta segunda fase, agentes realizaram novas buscas na sede da Fundação Municipal do Meio Ambiente. Além disso também na residência e local de trabalho de um dos investigados, no caso, a Câmara de Vereadores.
As investigações indicam que servidores e ex-servidores da Fucam teriam concedido licenças indevidas e negligenciado a fiscalização de obras e empreendimentos. Evidências mostram o recebimento de vantagens indevidas em razão de suas funções. De acordo com o Gaeco, a investigação do inquérito segue sob sigilo.
Operação começou em 2023
Na primeira fase da operação, deflagrada em 7 de dezembro de 2023, a investigação se concentrava em possíveis crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos públicos e concessão de autorizações em desacordo com normas ambientais. Na ocasião, o Gaeco cumpriu seis mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em Balneário Camboriú.
Câmara de Vereadores de Camboriú emite nota oficial
Em nota oficial, o Poder Legislativo de Camboriú informou que as buscas se limitaram ao gabinete do vereador Claudinei Loos. Um assessor acompanhou os trabalhos e um vigia recebeu os investigadores. A Câmara declarou que não teve acesso ao conteúdo apreendido, mas afirmou seu compromisso com a transparência e acompanhamento dos desdobramentos da investigação.