Região Balneário / Itajaí

A greve de ônibus em Itajaí e seus efeitos políticos

Encontro do PSD em Itapema e a moção de repúdio contra Jorginho em Brusque

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A greve de ônibus em Itajaí e seus efeitos políticos
Foto: Angioletti e Denísio

Na última quinta-feira (9), a greve dos ônibus em Itajaí se tornou uma disputa política com acusações de todos os lados. O vereador Rubens Angioletti, atual presidente do PL de Itajaí, foi o primeiro a abordar o tema.

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Ele se posicionou ao lado dos grevistas, afirmando que os salários dos motoristas estavam atrasados devido ao não repasse do pagamento do subsídio da prefeitura ao Consórcio Atalaia. O parlamentar afirmou que, em contato com a empresa no dia anterior, identificou que a falta de pagamento era o motivo do impasse.

Em menos de duas horas, o presidente destituído do PL, Denísio Dolásio Baixo, distribuiu uma nota oficial do Sindicato dos Motoristas da cidade. Ele é assessor jurídico da instituição. O texto afirmava que, apesar de apoiar a greve, o sindicato não tinha sido informado sobre a paralisação.

Conforme a Lei Federal, para iniciar uma greve, os trabalhadores devem informá-la com antecedência mínima de 72 horas e manter um atendimento básico de 30% das operações. O comunicado do sindicato também expressava surpresa com a paralisação realizada repentinamente, especialmente liderada por vereadores da cidade, que deveriam, no mínimo, estar familiarizados com a legislação, já que o sindicato estava em negociação coletiva em busca de uma solução para o atraso salarial.

Após um acordo entre os grevistas, a empresa e a prefeitura, o serviço de transporte voltou a funcionar à tarde. Somente à noite, o governo municipal se pronunciou.

Segundo um comunicado da prefeitura, os repasses ao Consórcio Atalaia estavam atrasados devido à falta de prestação de contas, conforme previsto no contrato de concessão. A prefeitura expressou surpresa com a greve, pelo não cumprimento da Lei Federal, afirmando que foi pega de surpresa com a paralisação.

PSD de Itapema

Na próxima quinta-feira (16), o PSD de Itapema realizará um ato em favor da pré-candidatura de Clóvis Jr. à prefeitura da cidade. Lideranças estaduais, como os prefeitos de Chapecó, João Rodrigues, e de Florianópolis, Topázio Neto, são aguardadas no encontro. Um grupo de pré-candidatos da região do litoral Norte catarinense também deve comparecer em Itapema.

Moção de Repúdio para Jorginho

A Câmara de Brusque, considerada uma das cidades mais bolsonaristas e conservadoras de Santa Catarina, aprovou por maioria uma moção de repúdio ao governador Jorginho Mello, após ele demitir professores grevistas ACTs. Em sessão ordinária na última terça-feira (7), a proposta foi apresentada pela vereadora e professora Marlina Oliveira (PT), com a presença de uma quantidade significativa de grevistas no plenário.

Petistas e bolsonaristas

A aprovação de moções de apoio e repúdio são atos corriqueiros, porém, o que chamou a atenção foi a adesão, inclusive, de vereadores da base dos governos municipal e estadual, que votaram em bloco com o PT contra a maior liderança do PL de Santa Catarina.

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