Região Grande Florianópolis

Número de presos pelos ataques de sábado sobre para 18

Todos foram submetidos a audiências de custódia e tiveram suas prisões convertidas para preventiva

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Número de presos pelos ataques de sábado sobre para 18
Neste domingo, houve fogo numa vegetação às margens da BR-101, em Palhoça, mas a PM não confirma ligação com os ataques. Foto: divulgação

O número presos suspeitos de participação nos atentados contra a ordem pública ocorridos em Florianópolis no sábado (19) chegou a 18 neste domingo. A Polícia Militar intensificou as buscas em endereços ligados ao grupo criminoso PGC na Capital. Todos foram submetidos a audiências de custódia diante de um juiz e tiveram suas prisões convertidas em preventiva. Ou seja, devem permanecer atrás das grades até serem julgados pelos ataques de sábado.

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As audiências iniciaram ainda no sábado e seguirem neste domingo, e atenderam o pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Neste domingo, houve ao menos novas três ocorrências de fogo, como numa caçamba papa-entulho na avenida Beira-MarNorte ou numa vegetação às margens da BR-101 próximo ao trevo de Forquilhinhas.

As forças policiais de segurança acreditam que os ataques coordenados que produziram 19 barricadas de fogo em rodovias estão relacionados com a disputa territorial entre facções do tráfico.

Fogo na Grande Florianópolis

Além das barricadas, também foram incendiados seis automóveis e um ônibus. A Central de Operações Policiais da PM registrou 21 focos de incêndio das 13h às 17h do último sábado, em áreas de Florianópolis, tanto na região insular quanto continental, além de São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz.

Em São José um ônibus foi incendiado. Foto: divulgação

Os presos são suspeitos de participação direta nos conflitos entre facções e nos atos de incêndio. Ainda no sábado, o Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, colocou as estruturas de inteligência do MPSC à disposição das forças de segurança do Estado para auxiliar no trabalho.

O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), a CISI (Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional) e a Promotoria de Justiça de plantão com atuação na área criminal estão acompanhando os fatos desde o início.

Gaeco

A Coordenação-Geral da CISI vem participando das reuniões do GranFacrim e integrantes do GAECO atuam na Sala de Situação da Polícia Militar colaborando com levantamento de informações. A Promotoria de Justiça criminal de plantão participou das audiências de custódia dos presos. A 39ª Promotoria de Justiça da Capital já tem procedimento instaurado.   

Os suspeitos podem responder pelos crimes de participação em organização criminosa, incêndio criminoso e tráfico de drogas. Alguns deles já tinham mandados de prisão expedidos e determinações de regressão de regime por descumprimento de penas em curso. Nas operações, também foram apreendidas armas e munições.