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COSUD encerra com assinatura da Carta de Florianópolis

As forças na OAB/SC, entre outros destaques

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COSUD encerra com assinatura da Carta de Florianópolis

A 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (COSUD) foi encerrada no último sábado (23), no Costão do Santinho, com a divulgação da Carta de Florianópolis. O documento oficial consolida as discussões realizadas durante os três dias do evento, abordando agendas prioritárias como Segurança, Meio Ambiente e Reforma Tributária.

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O governador Jorginho Mello (PL) destacou o sucesso do encontro. “Representamos 56% do eleitorado brasileiro, por isso precisamos ser ouvidos. O COSUD não busca rivalizar, mas fortalecer o diálogo e a colaboração mútua”, afirmou.

Segurança

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo Governo Federal, foi tema de preocupação no COSUD. Os governadores alertaram que a centralização de competências compromete o pacto federativo, desconsiderando a autonomia estadual e as especificidades regionais.

A Carta de Florianópolis reforça a posição do grupo contra a medida, afirmando que as alterações propostas podem gerar incertezas na gestão da segurança pública nos estados.

Clima e economia

Os estados do Sul e Sudeste definiram ações conjuntas para enfrentar desastres climáticos e buscar soluções econômicas durante o COSUD. Na área ambiental, foi estabelecido o compromisso de elaborar planos estaduais para mitigar enchentes, deslizamentos e secas, além de apoiar o planejamento urbano.

Na economia, os governadores abordaram a renegociação da dívida pública e a Reforma Tributária. Outro destaque foi a proposta de criação do Banco de Fomento do Sul e Sudeste (Bancosud), com foco no desenvolvimento sustentável e geração de emprego.

“A ideia é estruturar uma base financeira robusta para apoiar os estados em seus projetos”, explicou o secretário de Planejamento de Santa Catarina, Edgard Usuy.

Evento do UB

O União Brasil realizou um encontro em São José para debater os resultados das eleições municipais e discutir os próximos passos do partido em Santa Catarina. Sob o comando do presidente estadual, deputado federal Fábio Schiochet, o evento reuniu mais de 400 pessoas, incluindo prefeitos, vices, vereadores e lideranças estaduais.

O partido traçou metas ambiciosas, como a presença em todos os municípios catarinenses. Também foram discutidas a candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República e o fortalecimento das bancadas estadual e federal.

“Somos o quarto maior partido do Brasil, estamos crescendo em Santa Catarina. Somos um partido de direita que dialoga com a sociedade e temos um futuro grande na política catarinense”, declarou Schiochet.

Juliana em Brasília

A prefeita eleita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), viaja hoje para Brasília, onde fará uma peregrinação nos gabinetes de deputados e senadores. A ideia é garantir que recursos via emenda sejam enviados para o município a partir do próximo ano, sobretudo para as áreas da Educação, Saúde, Turismo e Infraestrutura.

“No meu governo, teremos uma estratégia clara de captação de recursos e implantarei um escritório de projetos, pois, apesar de sermos um município com orçamento considerável, enquanto prefeita não me privarei de buscar recursos de outros entes e esferas. Entendo ser meu dever trabalhar para reaver os impostos que nossos cidadãos mandam para Florianópolis e Brasília”, afirmou.

Forças da OAB

A vitória de Juliano Mandelli para presidir a OAB estadual é resultado de um grande gesto de grandes nomes da advocacia catarinense. Além do próprio Mandelli, que ganha uma musculatura considerável, a eleição mostra mais uma vez que o vice-presidente nacional, Rafael Horn, a presidente local, Cláudia Prudêncio, e o ex-presidente Paulo Brincas, que emenda sua oitava eleição com vitória, são as grandes forças da advocacia catarinense.

Além deles, Gabriel Kazapi e Hélio Brasil também passam pelo pleito com uma força considerável, pois foram fundamentais para o resultado, devido ao apoio dado à chapa de Mandelli. Também eleito para o conselho, Eduardo Mello deu sua contribuição para uma chapa que alcançou o segundo maior percentual da história, com 63%, ficando abaixo apenas de Paulo Brincas, que venceu em 2015 com um pouco mais de 66%.

Junção de forças

O vice-presidente nacional da OAB, Rafael Horn, é considerado o principal responsável pela articulação que uniu três das quatro chapas que disputaram a eleição anterior, quando Cláudia Prudêncio foi eleita. Ela também demonstrou força, mesmo não sendo articuladora, mas por ter muitos votos, contribuindo fortemente para a vitória de Juliano Mandelli.

Pedro Miranda é outro nome que dá um salto político dentro da advocacia. Vai presidir a Caasc, sucedendo Mandelli. Agora, um nome que ganhou visibilidade e que poderá crescer nos próximos tempos é Rodrigo Curi, que foi impedido por uma ação da chapa de Vivian de Gann de disputar. A impugnação liderada por Tullo Cavallazzi foi considerada uma das diversas ações desastrosas de um ex-presidente que sai enfraquecido da eleição.

Comando nacional

A leitura feita nos bastidores da advocacia catarinense é que Rafael Horn fez o dever de casa. Foi o grande articulador da chapa que venceu e agora vai para Brasília com grande possibilidade de pleitear a candidatura para a Presidência Nacional da OAB.

Horn somente não disputará se o atual presidente, Beto Simonetti, for para a reeleição. Neste caso, é provável que Horn articule mais uma vez para disputar como vice-presidente na chapa.

Polêmica do Jasc

Alguns conselheiros do Esporte de Santa Catarina, sob anonimato, afirmaram não concordar com a decisão unilateral do presidente da Fesporte, coronel Freibergue do Nascimento, de escolher Lages como sede dos Jogos Abertos do próximo ano. Segundo eles, Chapecó foi o único município a apresentar a documentação no ano passado e, por isso, estaria credenciado a sediar os Jasc.

Além disso, destacaram a questão de estrutura, já que obras para a realização da competição estão em andamento no Oeste. Nos próximos dias, o conselho se reunirá, e há tendência de derrubada da decisão de Freibergue, com a confirmação de Chapecó.

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.

O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.