A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (11) a operação Estrela Cadente, que investiga fraudes na concessão de benefícios previdenciários. A operação investiga um grupo formado por servidores públicos, advogados, consultores e segurados, que atua como uma organização criminosa.
Este grupo inseriu dados falsos nos sistemas do INSS, conseguindo deferir centenas de benefícios previdenciários. Mais de 400 processos concessivos estão sob análise.
Hoje, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão em residências, escritórios de advocacia e de consultoria nas cidades de Itajaí (cinco deles) e um em Chapecó. Com essas medidas, a PF busca confirmar a participação dos investigados, identificar atores ocultos, confirmar o rol de beneficiados e apreender parte dos recursos apropriados.
A análise inicial de uma amostra de vinte processos, realizada por policiais e integrantes do Núcleo de Inteligência da Previdência, confirmou a existência de irregularidades. Dessa forma, os investigadores identificaram que servidores do INSS avocaram processos de solicitação de benefícios de forma irregular.
Com a inserção e validação de informações falsas nos sistemas da Previdência Social, os pedidos foram deferidos. Dessa forma, e os segurados já estão recebendo esses benefícios irregularmente. Embora a PF ainda não disponha do valor total dos benefícios fraudados, presume-se que o montante desviado possa chegar a vários milhões de reais.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos no sistema informativo do INSS, entre outros. Além disso, as penas podem chegar a 30 anos de prisão, após o julgamento.
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