O Tribunal do Juri se reúne mais uma vez em Florianópolis nesta terça-feira (29). Desta vez, estará no banco dos réus Orlando Seara da Conceição Junior, o ex-PM que matou a professora Alessandra Abdalla, de 45 anos. O crime ocorreu na tarde de 24 de novembro de 2022, em frente a uma escola municipal no bairro Tapera, onde Alessandra trabalhava, e que hoje leva seu nome.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Orlando vinha fazendo diversas ameaças contra Alessandra desde que estavam separados, dois meses antes do crime. Ela inclusive havia obtido na Justiça uma medida protetiva, que proibia o policial de se aproximar dela ou do seu ambiente de trabalho. Na época, o comando do 4º BPM da Capital chegou a alegar que não tinha conhecimento das medidas sobre o PM que matou a professora.
No entanto, Orlando desobedeceu a determinação judicial. Na tarde do crime, ele esperou por Alessandra próximo à entrada da escola. Assim que a professora desceu do ônibus, ele se aproximou da ex-mulher e acertou quatro tiros.
Logo após o crime, Orlando fugiu do local e foi direto para a casa dos pais, que moravam num apartamento na rua Abel Capela, na região Continental de Florianópolis. Sem revelar nada aos familiares, ele pegou algumas roupas e foi embora. Pouco depois, guarnições da Polícia Militar estiveram no local para tentar encontrar o suspeito. Ao tomar conhecimento do crime cometido pelo filho, os pais dele passaram mal e precisaram ser hospitalizados.