Nessa quarta-feira (10), chega a Santa Catarina uma comitiva do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) para investigar possíveis células de neonazistas no Estado. Serão ouvidas possíveis vítimas, autoridades e especialistas do assunto.
O roteiro inclui Blumenau e Florianópolis. Após os trabalhos, o conselho deve enviar um relatório à ONU.
O conselho já acionou a ONU para alertar sobre o aumento expressivo de células neonazistas no Brasil. No documento, o CNDH afirma que o discurso de ódio contra mulheres, população LBGTQIAP+ e pessoas negras, teve um crescimento alarmante.
Células neonazistas em Blumenau
O documento relata ainda casos ocorridos em Santa Catarina onde foi detectado um grupo que vendia artefatos nazistas. Além disso, destaca um estudo, feito pela antropóloga e especialista do tema Adriana Dias.
O levantamento aponta que Blumenau, com 365 mil habitantes, possui 63 células neonazistas. São Paulo, por exemplo, com 12 milhões de habitantes, possui 96 células.
Na segunda-feira (8), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida destacou o comprometimento do país no combate de grupos extremistas e na proteção dos defensores dos direitos humanos.
O ministro teve um encontro com Mary Lawlor, relatora especial sobre a situação dos defensores e defensoras de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Silvio Almeida relatou as dificuldades enfrentadas para executar os programas que fazem parte da estrutura do ministério. Esses programas, atuam na proteção dos defensores dos direitos humanos.
Compostos por representantes de órgãos do governo federal e da sociedade civil. Os programas visam promover o diálogo, entre as partes interessadas, para ajudar a resolver possíveis questões conflitantes.