Região Joinville / Jaraguá

Homem é condenado por assassinato ocorrido no Dia dos Pais em 2018

Tribunal do Júri de Porto União condena um dos acusados de matar um homem às margens do Rio Iguaçu

Autor
Homem é condenado por assassinato ocorrido no Dia dos Pais em 2018
Sede do Forum de Porto União, onde ocorreu o juri. Foto: divulgação

Foi condenado a 18 anos de prisão um dos três homens acusados de espancar até a morte de Fabio Rogerio Pereira, de 34 anos, na cidade de Porto União, no Norte catarinense. O crime ocorreu em agosto de 2018, após um desentendimento entre eles ocorrido num quiosque na região do Legru, às margens do Rio Iguaçu, na região central da cidade. Os outros dois acusados somente devem ser julgados quando forem localizados, já que permanecem foragidos.

PUBLICIDADE

A vítima era natural de General Carneiro, no Paraná, mas residia em Porto União. O corpo foi encontrado apenas de cueca, com diversos ferimentos.

O réu condenado agora recebeu sentença por crime de homicídio qualificado, já que usou de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A ação penal pública ajuizada pelo Ministério Público relata que na madrugada do crime, quatro homens foram até um quiosque na beira do Rio Iguaçu, próximo de um clube social, em Porto União, para consumirem bebida alcoólica.  

Tempos depois de estarem reunidos no quiosque, três homens passaram a agredir a quarta pessoa até a sua morte. Ao amanhecer, próximo das 6h40min, os acusados saíram do local, deixando o corpo da vítima às margens do rio.

O Promotor de Justiça Diego Henrique Siqueira Ferreira, titular da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto União disse que “A sociedade deu a resposta devida ao crime mais grave que existe no Código Penal, em que se retira o maior bem jurídico: a vida. No local, a família da vítima se fez presente à espera da resposta que já aguardavam há quase seis anos”.

Ele disse que a vítima foi brutalmente assassinada no dia dos pais e teve a sua morte julgada dois dias antes do dia das mães. “Nesse caso, a justiça demorou porque o acusado ficou por algum tempo foragido. Ao final do julgamento, receber o abraço dos familiares da vítima que se fizeram presentes revela a importância do dever constitucional atribuído ao Ministério Público: defender a vida”, ressaltou.

No julgamento, o Conselho de Sentença acolheu as teses do Ministério Público e condenou o acusado conforme a denúncia oferecida. Da decisão cabe recurso, mas não foi permitido ao réu recorrer em liberdade.

Relacionadas