Região Grande Florianópolis

Concluído inquérito que levou a 2ª fase da operação Presságio

Investigação apurou o desvio de verbas públicas e prendeu quatro pessoas

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Concluído inquérito que levou a 2ª fase da operação Presságio
Fotos: Reprodução

A Polícia Civil informou neste sábado (8), que concluiu a investigação denominada Presságio 2, que apurou o desvio de verbas públicas em Florianópolis. No decorrer da operação, foram presos o ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte da Capital, Ed Pereira, o ex-diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, Renê Justino; o professor de educação física terceirizado da Prefeitura da Capital, Lucas da Rosa Fagundes; e o ex-diretor financeiro da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), Cleber Ferreira.

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As detenções ocorreram no dia 29 de maio. Nesta segunda fase da operação Presságio, também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Ao todo, 18 pessoas foram investigadas.

Através da investigação, foi constatada a prática do crime de fraude ou frustração de caráter competitivo de licitação, ocorrida no ano de 2023, no âmbito da Secretaria do Turismo, Cultura e Esporte, para a contratação da Cidade do Samba. Dos três investigados indiciados, dois permanecem presos preventivamente.

O inquérito policial também identificou elementos robustos dos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, envolvendo três dos investigados, dos quais dois seguem presos.

No tocante aos desvios de recursos públicos, os quais deveriam ser integralmente aplicados nos projetos sociais, todos os investigados foram indiciados pela prática dos delitos de peculato e falsidade ideológica, nos quais os quatro presos estariam envolvidos. Segundo a polícia, os desvios teriam durado cerca de dois anos.

Habeas corpus negados

Ed Pereira teve dois habeas corpus negados pela Justiça catarinense. O primeiro foi negado no dia 31 de maio, dois dias após a prisão do suspeito, e o segundo no dia 3 de junho.

Além dos crimes já citados, ele também foi investigado por crimes ambientais, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Civil, Ed Pereira seria recebedor de dinheiro público, proveniente de desvios de projetos sociais.

Medo de retaliação

Ed Pereira relatou ao juiz, em audiência de custódia, que tem medo de sofrer retaliações na penintenciária da Agronômica, onde permanece preso, uma vez que sofreu um assalto há cerca de três anos, que resultou em uma operação com prisões e óbito em confronto.

O roubo ocorreu no Parque São Jorge, quando a esposa de Ed, Samantha Brose, estava com quatro meses de gestação. O ex-secretário explicou que se preocupa em como ter “cautela” no presídio, já que os acusados de terem o assaltado estão presos no mesmo lugar.

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