O Ministério da Saúde (MS) informou, na manhã desta segunda-feira (22), que está investigando a primeira morte decorrente da Febre do Oropouche em Santa Catarina. A cidade em que o óbito ocorreu e a data em que sairá o resultado do exame não foram divulgados.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do estado disse não ter informações a respeito da investigação. Além de Santa Catarina, o MS também apura outras três mortes nos estados da Bahia e Maranhão.
O último levantamento, divulgado na terça-feira (16), apontou 141 casos confirmados da doença no estado. A cidade que mais registrou casos foi Luiz Alves, no Vale do Itajaí, onde 65 pessoas foram diagnosticadas com a Febre do Oropouche.
Veja abaixo os registros por cidade:
Luiz Alves – 65 casos;
Botuverá – 35 casos;
Blumenau – 9 casos;
Brusque – 7 casos;
Schreider – 7 casos;
Ilhota – 5 casos;
Corupá – 3 casos;
Tijucas – 2 casos;
Antônio Carlos – 2 casos;
Benedito Novo – 1 caso;
Jaraguá do Sul – 1 caso;
Guaramirim – 1 caso;
São Martinho – 1 caso;
Guabiruba – 1 caso.
O que é a Febre do Oropouche?
De acordo com o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae, conhecido popularmente como maruim.
Sintomas
Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede municipal de saúde.
Transmissão da Febre do Oropouche
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
- Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
- Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
Prevenção
Recomenda-se:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.