Região Grande Florianópolis

Florianópolis tem 3 casos de sarna humana em investigação

Crianças com suspeita da doença estudam na mesma creche

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Florianópolis tem 3 casos de sarna humana em investigação
Foto: Diuvlgação / Freepik

Três crianças que estudam na mesma creche, em Florianópolis, estão com suspeita de sarna humana, também chamada de escabiose. A Secetaria Municipal da Saúde investiga os casos e se forem confirmados, a Capital será a nona cidade catarinense com registros da doença.

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As crianças com suspeita de escabiose estudam no Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Costeira, na Costeira do Pirajubaé, região sudoeste da Ilha. Elas foram afastadas, de acordo com a orientação do protocolo sanitário. Ao todo, a unidade recebe 110 crianças.

Os municípios de Santa Catarina que já confirmaram casos de sarna humana ficam localizados no Litoral Norte, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. São eles: Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Itajaí, Camboriú, Navegantes, Blumenau e Tijucas.

Em Tijucas, foram registrados 18 casos em junho, conforme informou o setor de Vigilância em Saúde. Destes, apenas um caso envolveu uma criança de 0 a 5 anos. Todos os casos foram identificados de forma isolada, sem nenhuma ligação entre si.

Sarna humana: o que é, causas e prevenção

A escabiose, ou sarna humana, como ficou conhecida a lesão de pele que leva à coceira intensa do local atingido, é provocada pelo ácaro parasita Sarcoptes Scabiei, variedade hominis. A doença é altamente contagiosa e transmitida por meio do contato direto prolongado com a pessoa infectada, roupas ou objetos contaminados.

Vale ressaltar que animais como gato e cachorro não transmitem a sarna humana. A fecundação do ácaro que provoca a lesão ocorre na superfície da pele. Logo após o macho morrer, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias. Depois, ela deposita seus ovos, e, quando estes eclodem, liberam larvas que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo evolutivo, em um processo de maturação de 21 dias.

As manifestações clínicas da escabiose são decorrentes da ação direta do ácaro, quando este se movimenta nos túneis, causando enorme desconforto e coceira, principalmente à noite, nos dedos e palma das mãos, punhos, auréolas (mamilos), coxas e genitais, mas podendo ser generalizado.

O tratamento da escabiose é feito normalmente por meio de medicações tópica ou de acordo com indicação médica. Para o sucesso no tratamento, além do tratamento medicamentoso é necessário evitar a reinfestação do paciente através das seguinte medidas:

  • todos que tiveram contato direto com a pessoa diagnosticada devem ser examinados e tratados se estiverem infectados, para interromper a cadeia de transmissão;
  • as roupas utilizadas pelo paciente nos últimos três dias, além de roupas de cama/cobertores e toalhas devem ser lavados com água quente (55° a 60°) por pelo menos 20 minutos e passados a ferro. Roupas que não puderem ser lavadas ou, caso não haja disponibilidade da água quente, devem ficar fechadas em um saco plástico por três dias.

Prevenção

  • Troque e lave as roupas de cama e de banho sempre que possível;
  • Mantenha os cômodos da casa higienizados, inclusive aqueles desocupados;
  • Troque diariamente de roupas, pois mesmo fora do corpo o ácaro sobrevive.