A data de 26 de junho é dedicada à conscientização sobre o diabetes, uma doença causada por uma insuficiência na produção de insulina pelo pâncreas ou pela dificuldade de uso da insulina produzida pelo corpo. São cerca de 20 milhões de pacientes com diagnóstico no Brasil.
Deste total, de 5% a 10% são diabetes tipo 1, ou seja, insulino dependentes. Por isso, a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença, que pode causar uma série de complicações e até levar à morte.
“O diabetes é a principal causa de insuficiência renal e um custo muito alto para o paciente, que pode ser evitado”, explica o endocrinologista do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Genoir Simoni.
“Diante dessa realidade, faz-se necessário que políticas públicas sejam implantadas para mudarmos os hábitos alimentares da nossa população, bem como o sedentarismo. Estas ações vão fazer com que os números reduzam e, consequentemente, a qualidade de vida melhore e haja redução de custos com essa doença”, complementa.
Mais detalhes sobre a doença
Os fatores de risco são genéticos. A ausência de hábitos saudáveis, além de outros fatores podem contribuir com o desenvolvimento do diabetes, como o diagnóstico de pré-diabetes, pressão alta, colesterol alto, alteração na taxa de triglicérides no sangue, sobrepeso, doenças renais crônicas e diabetes gestacional.
Para o tratamento do diabetes, o paciente precisa manter uma vida saudável e o controle da glicemia sempre em dia, a fim de evitar possíveis complicações da doença.
Os principais cuidados incluem a prática de atividade física de 3 a 5 vezes na semana; evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou fazer uso de forma moderada; controlar o estresse, evitando as chances de desenvolver a ansiedade e depressão; abandonar o hábito de fumar, pois o cigarro aliado a diabetes multiplicam em até cinco vezes o risco de complicações de saúde; e redobrar o cuidado com a saúde bucal.
Diabetes em SC
O Brasil é o sexto país em prevalência de diabetes mellitus (DM) no mundo, com 15,7 milhões de doentes com idade entre 20 e 79 anos, ficando atrás da China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia (IFD, 2021).
Em Santa Catarina, foram registradas 2.486 mortes por diabetes mellitus em 2023, sendo 1.125 do sexo masculino (30 óbitos a cada 100.000 homens) e 1.361 do sexo feminino (35 óbitos a cada 100.000 mulheres). No mesmo ano, foram realizadas 8.054 internações hospitalares por DM no estado.
De acordo com o Boletim Barriga Verde, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a série histórica da frequência de mortes por DM de 2012 a 2022 mostra que tanto no Brasil quanto em Santa Catarina os números vêm aumentando ano a ano, com exceção de 2014.
No período, houve um aumento de 37,9% no número de mortes no país e de 51,2% em SC. Foram registrados 18.471 óbitos por DM, no período de 2012 a 2022, no estado. As mulheres sobressaíram com a maior taxa de mortalidade nesse período.
Com relação às internações hospitalares, no período de 2012 a 2022 foram registradas 46.721 internações hospitalares por DM. Sendo que os anos de 2016 e 2018 apresentaram os maiores números, e 2020 e 2021 os menores (anos pandêmicos de Covid-19).
Mais informações sobre hospitalizações e mortes por diabetes em SC podem ser acessadas aqui.