Região Balneário / Itajaí

Bebê nasce sem vida no estacionamento de hospital de SC

Gestante procurou quatro vezes o Pronto Socorro mas não foi atendida

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Bebê nasce sem vida no estacionamento de hospital de SC
Foto: Arquivo / Hospital Ruth Cardoso

Uma mulher entrou em trabalho de parto no estacionamento do Hospital Ruth Cardoso, após ter pelo menos quatro atendimentos negados na mesma unidade. O bebê nasceu sem vida e a Polícia Militar de Santa Catarina atendeu à ocorrência.

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A família registrou o caso na tarde desta quarta-feira (23) e acusou o hospital sediado em Balneário Camboriú de omissão de socorro, o que resultou na morte do recém-nascido.

Segundo relatos preliminares colhidos pela Polícia Militar, a gestante, com 40 semanas e três dias de gravidez, havia procurado o Pronto-Socorro do Hospital Ruth Cardoso nos dias 21 e 22 de outubro. Ela informou que, entre esses dois dias, foi ao hospital pelo menos quatro vezes.

De acordo com o relato da gestante à Polícia Militar, ela relatou perda de líquido amniótico, sangramento e dores, mas, em todas as ocasiões, foi liberada para casa, com a justificativa de que não havia dilatação suficiente para internação.

Na manhã de 23 de outubro, a mulher voltou ao hospital, já em trabalho de parto, que ocorreu dentro do carro da família, no estacionamento. Infelizmente, o bebê nasceu sem sinais vitais, e, apesar das tentativas de reanimação, os médicos confirmaram o óbito.

A Polícia Militar, dessa forma, orientou a gestante e os familiares a registrarem um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que investigará o caso. Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Balneário Camboriú ainda não havia se manifestado sobre o ocorrido.

Denúncias recorrentes de negligências no hospital

Em agosto, dois bebês morreram em menos de 24 horas no Hospital Ruth Cardoso. Na ocasião, os médicos informaram os familiares de que os óbitos ocorreram devido a doenças respiratórias, mas as famílias questionaram os fatos.

Diante das denúncias e boletins de ocorrência, a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) iniciou uma investigação. O Conselho Regional de Medicina também acompanha o caso.