Região Grande Florianópolis

Cassado, vereador Maikon Costa perde mandato em Florianópolis

Por 17 votos contra quatro, vereador em segundo mandato está fora da Câmara

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Cassado, vereador Maikon Costa perde mandato em Florianópolis
Maikon Costa. Foto: divulgação

Em Florianópolis, a Câmara Municipal aprovou por 17 votos contra quatro na noite desta segunda-feira (4) a cassação do vereador Maikon Costa (PL). Por ampla maioria, os vereadores aceitaram a denúncia do conselho de ética. A principal acusação é de que Costa exigiu um repasse de parte do valor do salário de seu suplente, Sargento Mattos (PL), quando esse assumiu a cadeira por um mês em 2023.

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A denúncia foi apresentada pelo próprio Mattos, que deverá agora assumir o mandato até o final do ano.  Mattos é o segundo suplente, mas o primeiro deve permanecer em cargo em comissão na Prefeitura.

Nas eleições de 2020, Maikon Costa foi o candidato que mais recebeu votos no seu partido em Florianópolis, com cerca de 1,7 mil votos. Em 2019, ele escapou de um processo de cassação. No ano passado foi preso por boca de urna em seu reduto eleitoral, o bairro Carianos, no Sul da Ilha.

A cassação teve como base uma divergência de Maikon sobre a atuação de Sargento Mattos no período de suplência. Os dois discordaram quanto à condução do mandato e os posicionamentos na Câmara Municipal.

Ao Guararema News, Maikon revelou que a principal divergência com Mattos surgiu das denúncias do mandato contra outro vereador, Diácono Ricardo (PSD), que indicou seu próprio genro para um cargo na Câmara. Maikon formalizou as denúncias por crime de nepotismo, o que Mattos não levou adiante quando este assumiu o mandato.

Vereador Maikon falou na Tribuna

Na tribuna, Costa relatou que quando abriu a possibilidade de se afastar para que Mattos assumisse, sua esposa passava por um problema pessoal e a esposa de Mattos também, o que serviu como motivo para pedir ajuda ao correligionário. Porém, as diferenças resultaram em uma denúncia e no processo no conselho de ética.

Maikon argumenta ser vítima de perseguição por fazer diversas denúncias de supostas irregularidades. “Todas as denúncias de corrupção que eu trouxe pra essa casa, sem exceção, mais cedo ou mais tarde, viraram fatos, como foi a Presságio, como foi o Propinão”, declarou o agora cassado vereador. Em suas falas na tribuna fez diversas acusações, principalmente contra a vereadora Pri Fernandes, sobre uma suposta irregularidade em contrato na Dibea.

Dos 21 vereadores, apenas votaram contra a cassação Afrânio Boppré (Psol), Manu Vieira (Novo), Cíntia (Psol) e Tânia Ramos (Psol). “Eu tenho uma coleção de coisas que o vereador Maikon fez contra mim, mas hoje não é o dia da vingança”, discursou Afrânio.

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