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Preso há 17 dias, vereador de Itajaí tem liminar negada e aguarda por habeas-corpus

Fábio Negão (PL) é suspeito de crime de “rachadinha” em seu gabinete

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Preso há 17 dias, vereador de Itajaí tem liminar negada e aguarda por habeas-corpus
Foto: Divulgação / Câmara de vereadores

O vereador de Itajaí Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes, conhecido como Fábio Negão (PL), que está preso no Complexo da Canhanduba desde o dia 20 de novembro, vai permanecer atrás das grades, pelo menos até que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina julgue o pedido de habeas-corpus movido pelos seus advogados. Na tarde de quarta (6), a Justiça negou uma liminar que tentava anular a prisão preventiva.

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Segundo a advogada Natália Paixão, que representa o vereador no processo, a defesa deve se manifestar através de uma nota oficial ainda nesta quinta-feira (7). Segundo ela, o pedido de habeas-corpus que requer que Fábio responda o processo em liberdade, só deve ser julgado depois que a Procuradoria de Justiça se manifestar, permitindo que a defesa faça a chamada sustentação oral em favor do réu.

Natália adiantou à reportagem do Guararema News que, caso a solicitação venha a ser indeferida, um recurso será levado às instâncias superiores na tentativa de reverter a decisão.

Fábio Negão foi preso preventivamente após investigações sobre a ocrrência de “rachadinhas” em seu gabinete, crime que caracteriza extorquir parte dos salários dos cargos comissionados que atuam por sua indicação.

“Bala na cabeça”

Ao negar a liminar, na quarta-feira, a Justiça considerou que Fábio é uma ameaça às testemunhas. O que teria pesado na decisão foi um trecho dos áudios obtidos pela Justiça e que constam no processo, onde Fábio teria dito a uma pessoa: “Se eu descobrir qualquer coisinha, coloco uma bala na sua cabeça”.

No mesmo dia 20 de novembro em que Fábio Negão foi preso, a Câmara de Vereadores foi notificada a afastar o vereador de suas funções públicas. Fábio foi suspenso por tempo indeterminado e, por determinação do presidente da Câmara Marcelo Werner, o caso foi encaminhado à Comissão de Ética, que abriu uma sindicância interna para avaliar a situação.

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