
Em Florianópolis, o ex-vereador Maikon Costa, que está preso desde agosto do ano passado, foi condenado a uma pena de nove anos e oito meses de prisão. A sentença foi da juiza juíza Naiara Brancher, da 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
De acordo com a Justiça, o ex-vereador Maikon cometeu crimes contra servidores do Judiciário e do Ministério Público de Santa Catarina. A condenação cita os crimes de coação, perseguição (stalking), calúnia, denunciação caluniosa, desacato a funcionário público e interceptação ilegal de comunicação.
A juíza também negou o direito de recorrer em liberdade, destacando o comportamento recorrente do réu, incluindo ameaças em fóruns e manifestações públicas ofensivas.
Eleito vereador em 2020, Maikon teve seu mandato cassado em 4 de março de 2024, no início do último ano da legislatura. Na época, Maikon tinha filiação com o Partido Liberal, mas depois disso assinou ficha no Partido Progressista (PP). No dia 22 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a cassação.
A cassação ocorreu após denúncia do seu suplente, Sargento Matos (PL). Foram 17 votos favoráveis e apenas quatro contrários à perda do mandato. A denúncia dava conta de que Costa teria impedido o trabalho de Matos, que assumiu a cadeira por 30 dias enquanto o titular tirava licença.
O procurador da Câmara na época, Antônio Chraim, que comandou o processo de cassação, conseguiu depois empregar a filha no gabinete de Matos.