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Moraes exige que Bolsonaro comprove convite para posse de Trump nos EUA

Ministro do STF desconfia da veracidade de convite feito por e-mail desconhecido

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Moraes exige que Bolsonaro comprove convite para posse de Trump nos EUA
Bolsonaro e Moraes. foto: Antonio Augisto / SECOM / TSE / divulgação

Depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao STF uma liberação para que possa participar da posse de Trump, nos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes determinou que seus advogados apresentem um documento oficial que comprove o convite.

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A posse de Trump está marcada para o dia 20 de janeiro. O republicano assume seu segundo mandato como presidente dos EUA. É o primeiro presidente condenado da história do país, após decisão proferida na sexta (10).

Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em fevereiro de 2024, e precisa que o documento ganhe liberação de Moraes. Segundo o ministro, é preciso uma complementação probatória por parte da defesa. Moraes afirmou em documento publicado neste sábado (11) que, “após a necessária complementação”, a PGR (Procuradoria-Geral da República) deve se manifestar sobre o pedido feito por Bolsonaro.

“Determino que a defesa de Jair Messias Bolsonaro apresente documento oficial, nos termos do artigo 236 do CPP, que efetivamente comprove o convite descrito em sua petição”, diz o documento.

Moraes questiona a origem do e-mail pelo qual teria sido feito o convite de Trump. “O pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que, a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: “[email protected]”, e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”, afirmou.

Moraes não se referiu dessa forma, mas pode estar desconfiando que o convite seja falso, e criado para abrir uma possibilidade de que Bolsonaro fuja do Brasil para evitar ser preso.

O pedido ao STF para poder participar da posse de Trump foi assinado pelo novo advogado de Bolsonaro, o criminalista Celso Vilardi, que passa a atuar junto de outros defensores que já atuavam para o ex-presidente.

Apesar de o ex-presidente ter sido indiciado por tentativa de golpe de Estado, os advogados afirmam que o convite representa o reconhecimento da “defesa dos valores democráticos e republicanos que unem as duas nações”.

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