
A família do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é proprietária de um apartamento em Miami, nos Estados Unidos, avaliado em US$ 4,1 milhões. O imóvel, com 158 metros quadrados, está registrado em nome de uma empresa offshore que, atualmente, pertence a seu filho, o investidor Bernardo Van Brussel Barroso.
Nessa quarta-feira, o governo norte-americano anunciou a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, também do STF, na lista de sanções da Lei Magnitsky. Caso esse mecanismo seja ampliado a outros magistrados da Corte e seus parentes, a propriedade da família Barroso em Miami pode ser atingida.
Ainda não há definição sobre a aplicação da Lei Magnitsky a outros ministros do Supremo. Entretanto, outras medidas, como a suspensão de vistos para entrada nos EUA, já foram adotadas e atingiram diversos membros da Corte.
Além de Moraes e Barroso, também tiveram os vistos cancelados os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
O imóvel em questão está localizado em Brickell, uma das regiões mais valorizadas de Miami, com vista para o mar. O bairro é conhecido por concentrar imóveis de autoridades brasileiras, como o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.
As informações sobre o apartamento e a offshore são acessíveis por meio de registros públicos do Condado de Miami. A empresa, chamada Telube Florida LLC, foi criada em 2014 com o apoio da consultoria Barbosa Legal. Inicialmente, a offshore estava em nome de Teresa Cristina Van Brussel, esposa de Barroso, falecida em 2023 em decorrência de um câncer.
Hoje, o controle da empresa está com o filho do ministro, o advogado Bernardo Van Brussel Barroso. O nome Telube é uma junção das sílabas dos nomes dos familiares: Teresa, Luna Van Brussel Barroso e Bernardo.