
A superlotação que assola os leitos de UTIs catarinenses repercutiu na sessão de terça-feira (6) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Representantes do PT e do PSD demonstraram preocupação com o quadro atual, uma vez que o estado ainda não atingiu o pico das doenças respiratórias.
De acordo com o deputado Neodi Saretta, há apenas 128 leitos disponíveis, sendo 38 de UTI adulto, 47 de UTI pediátrica e 43 neonatais. Saretta alertou para o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e destacou que dos 755 casos registrados em abril, 150 deles precisaram de UTI.
“Na Foz do Rio Itajaí há apenas um leito para pediatria, para adultos a ocupação é de 100%; no Grande Oeste tem sete leitos disponíveis: um adulto, três pediátricos e três neonatais”, descreveu o presidente da Comissão de Saúde.
“Sugiro que o estado faça a contratação emergencial de mais leitos de UTIs, principalmente nas regiões mais afetadas, nesse ritmo serão necessários mais leitos, seria uma forma de prevenir, formando parcerias com hospitais privados que possam colocar mais leitos disponíveis”, indicou o ex-prefeito de Concórdia.
Mário Motta (PSD) apoiou o colega e relatou conversa que manteve com o secretário de Estado da Saúde, Diogo Silva, quando o dirigente da SES confessou dificuldades para contratar leitos na rede privada e filantrópica.
“Este ano ainda não chegamos ao pico das doenças respiratórias, sem dúvida a vacinação contra a gripe de crianças e pessoas idosas é importante”, insistiu o deputado Mário Motta.