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Moraes vota para condenar mulher que pichou estátua

Moraes votou para condenar a ré a 14 anos de prisão

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Moraes vota para condenar mulher que pichou estátua
Foto: Divulgação

O julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues Santos, autora da frase “Perdeu, mané” escrita a batom vermelho na estátua da Justiça durante as manifestações golpistas de 8 de Janeiro, está acontecendo nessa sexta-feira (21). Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, votou pela condenação de Debora.

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Moraes votou para condenar a ré a 14 anos de prisão. O relator tem o primeiro voto na ação penal que está sendo julgada na Primeira Turma. Entretanto, o julgamento vai até as 23h59 dessa sexta-feira para inserir os posicionamentos dos outros ministros.

De acordo com o voto do relator, a condenação de Débora se dá por cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Debora, se condenada, pode pegar 14 anos de prisão, sendo 12 anos e seis meses de reclusão, um ano e seis meses de detenção e mais cem dias-multa.

Além disso, para o ministro, as investigações provam que Débora se aliou conscientemente ao grupo que planejava um golpe de Estado. Contudo, ela também permaneceu na organização em frente ao quartel-general do Exército em Brasília e escolheu participar dos atos de 8 de janeiro.

Para a defesa da mulher que pichou a estátua, a prisão é desporpocional

A cabeleireira está na cadeia desde março de 2023. A Polícia Federal prendeu Debora preventivamente na Operação Lesa Pátria e segue detida no interior de São Paulo. A obra pichada foi avaliada pelo STF entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões. Além disso, “A Justiça” é uma das principais obras do artista mineiro Alfredo Ceschiatti.

Para a defesa de Débora sua prisão é desproporcional. Bolsonaristas têm usado o caso da cabeleireira para falar em excessos do STF. Para os advogados, Débora não cometeu crime e usou “como arma apenas um batom vermelho”.