
A Câmara Municipal de Vereadores de Lages, na Serra Catarinense, aprovou, por unanimidade, a abertura do processo de impeachment contra o vice-prefeito Jair Júnior (Podemos) após sua prisão por acusações de violência doméstica contra a ex-namorada. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (31), visa coletar e analisar provas antes de definir o futuro político do vice-prefeito.
A Comissão Processante, composta pelos vereadores Robertinho Roque (PSD), Elaine Moraes (Cidadania) e Bruna Uncini (Cidadania), tem até 90 dias para conduzir a investigação, ouvir testemunhas e reunir evidências. Após essa etapa, o processo de impeachment retornará ao plenário, onde todos os vereadores votarão para decidir se Jair Júnior será cassado. Durante o procedimento, ele terá direito à ampla defesa e ao contraditório.
A polícia prendeu Jair Júnior no dia 22 de março sob as acusações de perseguição, cárcere privado e agressão contra a ex-namorada. Segundo o depoimento da vítima, o relacionamento de um ano terminou dois meses antes, mas ele não aceitou a separação e passou a procurá-la insistentemente.
As autoridades liberaram o vice-prefeito no mesmo dia, após a audiência de custódia e o pagamento de fiança. No dia seguinte, ele publicou um vídeo em suas redes sociais, alegando que não poderia comentar o caso devido ao sigilo do processo. No entanto, ele declarou que “o que está sendo noticiado não corresponde à verdade dos fatos”. Além de vice-prefeito, Jair Júnior também atua como advogado.
Além disso, após o afastamento do cargo de vice-prefeito, a prefeita de Lages, Carmen Zanotto, exonerou Jair Júnior da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa). Ele acumulava esta função desde janeiro de 2025, no início do mandato.