Neste sábado (20), a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva estará em Florianópolis. Ela participa a partir das 10h de uma conversa sobre a importância das políticas ambientais para a eleição municipal, no Hotel Castelmar.
No decorrer do dia, Marina também participa de outros encontros com lideranças políticas, onde deve confirmar seu apoio à candidatura do deputado Marcos Abreu, o Marquito, à Prefeitura da Capital, em outubro.
Marina tem 66 anos e é historiadora, professora, psicopedagoga e ambientalista. Foi senadora e concorreu em 2010 à presidência da República, ficando em terceiro lugar. Também é até hoje a candidata presidencial, entre homens e mulheres, que mais compareceu a debates: 21 no total.
Exército contra-ataca para recuperar imagem
Em meio a uma crise de identidade e com a credibilidade em baixa após os episódios do 8 de janeiro de 2023, o Exército Brasileiro preparou uma ofensiva estratégica para recuperar sua imagem junto ao público em geral. É o projeto “Conheça Seu Exército”, que está convidando jornalistas, influenciadores e professores de cursos de jornalismo para um intensivão de 24 horas na sede da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Florianópolis.
Os convidados vão dormir no local. A programação prevê manusear equipamentos e participação em atividades militares, com direito a diploma de participação. Se eu sobreviver, conto como foi, ok?
Sujeira para baixo do tapete e prato cheio para a corrupção
A vinda da Comissão Nacional dos Direitos Humanos a Santa Catarina reacendeu o debate sobre as pessoas em situação de rua e também os núcleos neonazistas identificados principalmente no interior do estado. A equipe esteve na Capital e também em Blumenau, Balneário Camboriú, Criciúma, Palhoça e Biguaçu. Em todas as cidades, os relatos obtidos foram assustadores.
Em Criciúma, durante uma visita à Casa de Passagem, que abriga pessoas em vulnerabilidade, um paciente revelou: “hoje só tem carne no almoço porque vocês estão aqui”.
Em Florianópolis, a comissão ouviu histórias sobre as agressões sofridas nas ruas durante a madrugada pela Guarda Municipal. Quem dorme nas praças, é acordado com ducha de água gelada. É tortura que chama?
A comissão também constatou o óbvio: o paliativo das internações compulsórias só esconde o problema pra baixo do tapete. E cria um prato cheio para a corrupção, já que as pseudo-clínicas de recuperação terão que ser contratadas, terceirizadas.
A terceirização do lixo já levou 21 prefeitos catarinenses para a cadeia. Deu ruim. Agora, a nova galinha dos ovos de ouro é a contratação de clínicas de garagem, geralmente mantidas por igrejas e falsos profetas.
Um dos relatos apresentados num encontro com a CNDH na Alesc informou que duas pessoas em situação de rua já internadas à força em Florianópolis voltaram às ruas dois dias depois. No entanto, o dinheiro aplicado pela Prefeitura para o tratamento completo, foi perdido, não volta mais.
E ainda dizem que nós, os loucos, que rasgamos dinheiro.
Operação Presságio
A Polícia Civil deve concluir na próxima semana o inquérito a respeito da Operação Presságio, que investigou o escândalo de corrupção na Prefeitura da Capital. As irregularidades encontradas não estão apenas na contratação de empresa de Rondônia (??) para coleta de lixo, mas também em outros diversos setores ligados a projetos esportivos. Eu conheço Rondônia muito bem, e a limpeza urbana não é seu ponto forte.
A delegada responsável pelo inquérito na DEIC não é muito adepta da transparência, e trata o caso sob sigilo, como se nada disso fosse dinheiro público e de interesse de todos. Mas vamos torcer que isso seja apenas seu estilo de trabalhar, mesmo que totalitário, à moda Luis 14, que um dia esbravejou: “ O Estado sou Eu”. A esperança é que a Justiça seja feita, ainda que em meio à escuridão total.
CAPS analógico na idade da pedra
Leitora denuncia em áudio a situação escabrosa do CAPS do bairro Saco dos Limões, em Florianópolis. O setor funciona numa casa de alvenaria, sem nenhuma acessibilidade, justamente onde se presta serviços, entre outros, a pessoas portadoras de deficiências.
Além disso, os funcionários estão sem internet há três meses, e muitas vezes compram do próprio bolso materiais de escritório. Outro relato se refere ao auxílio funeral, que permite um sepultamento digno a famílias em vulnerabilidade. O documento solicitado é expedido 45 dias depois. Qual morto consegue esperar tanto tempo para ser sepultado?
A Prefeitura se manifestou dizendo que o sepultamento não depende do CRAS e nem dos serviços de internet das sedes. Interessante esse paradoxo, já que conheci pessoas que só conseguiram ser sepultadas após o aval do CRAS.
“Depois de entrar em contato com a Central de Óbito, que não faz parte da estrutura da Assistência Social, o CRAS pode ser procurado para qualquer dúvida, mas o equipamento não impede o acesso ao enterro do ente. Após o sepultamento, busca-se a Assistência Social para fazer o processo de Benefício Funeral. Com avaliação técnica baseada na legislação vigente, a família pode ser isenta das taxas”, diz a nota.
A Secretaria de Assistência Social informou também que já iniciou a reconexão dos equipamentos das sedes dos CRAS e a contratação dos serviços que apresentaram problemas. No mês passado, garante, foram entregues novos equipamentos eletrônicos de trabalho.
A inquisidora de Canoinhas
O episódio que está sendo chamado em todo o País de “A inquisição de Canoinhas” exige nossa reflexão. Me refiro à mais jovem prefeita da história de Santa Catarina, que jogou livros didáticos no lixo. Poderia ter resolvido a questão, impondo sua vontade de maneira simples, cautelosa e eficiente: separando as obras num setor da biblioteca fora do acesso público, por exemplo. Mas preferiu o ato político, a extravagância e a ostentação de joga-los no lixo.
Juliana, a prefeita, faz questão de mostrar nas suas redes sociais sua preferência ao bolsonarismo, e inclusive tem fotos postadas ao lado do inelegível. Não se sabe por enquanto se a prefeita também crê em terra plana ou se abomina as vacinas. Mas quem deve opinar sobre pedagogia são os pedagogos. E não nós, jornalistas, e muito menos os políticos.