Região

Prefeito catarinense associa tragédia climática à fé das pessoas

A tragédia climática no RS já deixou 169 pessoas mortas e 469 municípios afetados

Autor
Prefeito catarinense associa tragédia climática à fé das pessoas
Foto: Divulgação / Redes Sociais

A tragédia climática no Rio Grande do Sul, além de devastar a vida de diversas famílias, gera debates e opiniões em todos os lugares do país. Um dos comentários que gerou reflexão e muita discussão na internet foi feito pelo prefeito catarinense de Barra do Sul, Valdemar Barauna.

PUBLICIDADE

Valdemar deu uma declaração em uma rádio local, no dia 16 de maio, onde falava que a tragédia climática do Rio Grande do Sul se deu pelo estado gaúcho possuir muitos centros de religiões de matriz africana e poucas igrejas.

O prefeito afirmou que o estado gaúcho é um lugar onde existem poucas igrejas e que isso não agrada a Deus. O prefeito diz que a afirmação sobre o número de igrejas e centros é baseada em “uma estatística aí”.

Valdemar ainda falou que o desfile da Gaviões da Fiel de 2019 tem relação com os fatos negativos que acometem o país. Na época, a escola de samba exibiu um ator representando Jesus Cristo que foi arrastado e pisoteado por um outro caracterizado como o diabo.

Barauna não é o primeiro a associar as enchentes do Rio Grande do Sul à religião. O Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul apura a declaração de um padre que relacionou a tragédia à falta de fé, declarando que o estado “abraçou a bruxaria e o satanismo”.

Já o Ministério Público de Minas Gerais denunciou a influenciadora Michele Dias Abreu por intolerância religiosa. Ela associou a tragédia no RS a religiões de matriz africana.

A tragédia climática no estado gaúcho, que se estende desde o fim de abril, já deixou ao menos 169 pessoas mortas e 469 municípios afetados.

Relacionadas