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Cidadãos da Grande Florianópolis questionam a previsão de novas paralisações do transporte público da região desde a manhã desta quarta-feira (22), quando a categoria paralisou os serviços por três horas. Ao fim do horário combinado, os coletivos voltaram a circular normalmente, como devem continuar nesta quinta-feira (23).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano e Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de passageiros (Sintraturb), que reivindica por melhorias tanto salariais quanto nas condições de trabalho, o movimento ocorreu devido à falta de acordos entre o lado patronal, os funcionários e o poder público.
A categoria realizou uma nova assembleia, ainda pela manhã, mas sem firmar acordos. Por conta disso, de acordo com o Sintraturb, não há previsão de novas paralisações, pelo menos até esta sexta-feira (24), para quando estão marcadas outras duas assembleias: uma às 9h e outra às 15h. Nestas reuniões será definido o andamento da campanha nos dias posteriores.
Entenda
A categoria paralisou as atividades das 4h às 7h nesta quarta-feira, depois de anunciar o movimento por meio do aplicativo DizAí. “Muito custa aos trabalhadores afetar os serviços aos usuários do transporte coletivo, todavia, a morosidade e indefinição tanto dos empresários quanto dos poderes públicos municipal e estadual não deixaram outra alternativa”, afirmava o comunicado, que posteriormente foi removido.
Por volta das 6h45 as garagens ainda se encontravam fechadas, segundo o subinspetor da Guarda Municipal da Capital (GMF), Ricardo Pastrana. Mas às 7h10, algumas empresas já voltavam à operação.
A paralisação ocorreu um dia após o fim do prazo do estado de greve, estabelecido pela categoria na manhã do dia 16 de maio. A definição se trata do período que antecede à greve, quando se comunica ao poder público e às empresas sobre uma possível paralisação depois de 72 horas. O prazo encerrou na manhã de terça (21), sem propostas aceitas.
Segundo o secretário de imprensa do Sintraturb da Grande Florianópolis, Ederson Luiz Troian, os trabalhadores pedem por melhorias econômicas e nas condições de trabalho, uma vez que os cobradores foram retirados durante o período pandêmico. Eles reivindicam pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano – de 3,49% -, mais 4,83% de perdas na pandemia e 5% de aumento de salário.