Naturistas criticam projeto que tenta proibir nudismo na praia do Pinho

A tentativa de se proibir o nudismo na praia do Pinho, em Balneário Camboriú, ganhou repercussão na imprensa em todo o Brasil nesta semana. A informação foi publicada pelo Guararema News no dia 17 de julho, e tem recebido atenção de diversas entidades ligadas ao turismo e ao naturismo. Na quarta-feira (27), a Federação Brasileira de Naturismo (FBRN) se manifestou publicamente, chamando a ideia de “retrocesso”.  O projeto de lei foi protocolado na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, de autoria do vereador Anderson dos Santos (Podemos).

Na justificativa apresentada junto ao Projeto, Anderson dos Santos aponta que o local não estaria cumprindo as normas necessárias para se adequar como uma praia de nudismo. “Notícias de orgias, pequenos roubos e furtos e muitos danos ao meio ambiente com poluição de resíduos e impactos negativos na vegetação natural. Então, passamos quase um ano colhendo estas notícias, conversando com a comunidade e chegamos a conclusão que a vontade da maioria era terminar com o naturismo e, assim, torná-la de amplo e franco acesso e permanência”, defendeu o vereador. Paula Silveira criticou esse argumento, apontando que a prática de naturismo não é a causadora dos transtornos ocorridos na praia, mas, sim, “a falta de segurança e ação dos órgãos públicos”.  O local é conhecido como a primeira praia de nudismo brasileira, e a atividade é praticada no local desde a década de 1980.  

A presidente da FBRN, Paula Silveira, criticou a mudança e disse que a iniciativa demonstra “preconceito com os naturistas”.

  A Polícia Militar confirmou que não houve nenhum registro de crime sexual no local nos últimos 12 meses. Apenas seis ocorrências foram atendidas referentes à praia do Pinho, todas elas por posse de droga, furto, dano e injúria.