Porto Alegre deve comprar um novo aterro sanitário. O local, que ainda não foi divulgado, deve ficar em uma área próxima a cidade. Atualmente, os materiais retirados das ruas são levados para locais específicos em cada bairro, e depois para unidades provisórias.
Nessa terça-feira (21) o nível do Lago Guaíba, em Porto Alegre, ficou abaixo dos quatro metros pela primeira vez. A destruição causada pelo desastre climático se torna visível e cada vez mais preocupante.
O entulho de casas, indústrias e as sucatas de carro com óleo e produtos químicos se espalhando preocupam o governo gaúcho. Ainda não há estimativa da quantidade de lixo gerada pela tragédia.
A prefeitura de Canoas, cidade vizinha de Porto Alegre, estima que a parte alagada deva gerar 120 mil metros cúbicos de lixo. Antes da tragédia, o município gerava cerca de 8 a 9 mil metros cúbicos por mês.
A Operação Limpeza, que iniciou no dia 10 de maio, já recolheu até o momento 2,4 toneladas de resíduos nos locais em que a água já baixou. E ainda existem cidades alagadas, mesmo mais de 20 dias após o início da tragédia.
Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, considera que o impacto dos resíduos será gigantesco. São dois desafios: a respeito dos dejetos de grandes empresas, que devem receber tratamento especial e o segundo é encontrar um local onde levar os rejeitos.
Em todo o Rio Grande do Sul, 464 municípios foram afetados. Nesta terça (21), 72 mil pessoas ainda estavam em abrigos e 581 mil estavam desalojados. No Estado, foram 2,3 mil pessoas afetadas. A Defesa Civil confirmou 161 mortes, e 85 pessoas seguem desaparecidas. Há 806 feridos.