A dragagem do canal de acesso ao complexo do Porto de Itajaí foi retomada no domingo (24), com a chegada da draga de sucção Utrech. A embarcação é ressponsável por sugar sedimentos do leito do rio. De propriedade da empresa holandesa Van Oord, o equipamento desempenha um papel essencial na manutenção do calado. Dessa forma, garante o acesso e a navegabilidade de navios de médio e grande porte.
Especializada em remover sedimentos, a Utrecht reforça as operações de limpeza do canal de acesso ao porto, fundamentais para manter a profundidade ideal e assegurar a segurança de grandes embarcações.
A embarcação, conhecida por sua eficiência em dragagens complexas, opera continuamente para melhorar o fluxo das águas no Rio Itajaí-Açu. De acordo com técnicos do Porto de Itajaí, contribuindo também para reduzir o risco de enchentes.
Com um design voltado para dragagens intensivas e contínuas, a embarcação utiliza bombas e tubulações potentes que sugam os sedimentos e armazenam o material em sua cisterna. Posteriormente, a draga descarta os resíduos em alto-mar, a cerca de 10 quilômetros da costa (5 milhas náuticas), em uma área autorizada pelas autoridades ambientais para preservar o ecossistema local.
Atuação nas áreas de manobras de navios
O Porto de Itajaí busca, com essa operação ininterrupta, manter o canal com profundidade entre 13 e 14 metros. O canal de acesso aos portos mede cerca de 190 metros de largura e 14 metros de profundidade. A Utrecht realiza a dragagem ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, incluindo áreas a montante e jusante do rio. A operação também contemplará as áreas das Bacias de Evolução I (em frente aos portos de Itajaí e Navegantes) e II (Baía Afonso Wippel).
“Desde 1999, Itajaí se destaca como o único porto brasileiro que realiza dragagem permanente. Essa iniciativa garante eficiência logística e evita interrupções nas operações portuárias. O investimento é crucial para a economia, já que o canal precisa atender à crescente demanda do transporte marítimo no país. Atualmente, o custo mensal desse serviço representa cerca de 70% do orçamento da Superintendência do Porto de Itajaí, com uma média de 7 milhões de reais por mês. Manter o Rio Itajaí-Açu entre 13 e 14 metros de profundidade é essencial”, destacou o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.