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Campanha mundial pede fim da violência contra as mulheres

Mulheres negras estão entre as principais vítimas

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Campanha mundial pede fim da violência contra as mulheres
Marcha das Mulheres em Florianópolis: protestos pelo mundo inteiro. Foto: divulgação

Foi iniciada na segunda-feira (20) em todo o mundo a campanha 21 Dias de Ativismo Pelo Fim das Violências Contra as Mulheres. A abertura coincidiu com o Dia da Consciência Negra celebrado no Brasil, e foi a forma encontrada por organizações internacionais para chamar a atenção para o fato de as mulheres negras estarem entre as principais vítimas de violência, expostas ao machismo e ao racismo.  

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A campanha, realizada anualmente, visa conscientizar a sociedade sobre as agressões sofridas pelas mulheres dentro de casa, no ambiente de trabalho, na justiça e em locais coletivos, bem como propor medidas de prevenção e combate à violência. As atividades são realizadas pelo Poder Público e organizações da sociedade civil.

Uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas, conforme dados do boletim da Rede de Observatórios da Segurança. Em 2022, 1.437 mulheres foram vítimas de feminicídio, sendo 61,1% delas negras. Em Santa Catarina, dados divulgados todos os anos sobre crimes de feminicídio ainda sofrem com as subnotificações, já que muitas mortes de mulheres assassinadas sequer são catalogados como tal, como, por exemplo, o caso da chilena Eymily, assassinada pelo namorado, tambem chileno, em Florianópolis, em 2020.

Homenagem

A campanha vai até o dia 10 de dezembro. O movimento surgiu a partir de uma iniciativa internacional chamada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, iniciada em 1991, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que foram assassinadas, em 25 de novembro de 1960, na República Dominicana. Elas foram violentadas, torturadas e mortas durante a ditadura de Rafael Trujillo.

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