Equipes de resgate confirmaram na manhã de domingo (30) a morte do filhote de baleia-franca que retornou ao mar na última segunda-feira (24), após encalhar na Praia de Ibiraquera, em Imbituba. O Guararema News noticiou no final de junho o aparecimento do filhote.
De acordo com Karina Groch, diretora de Pesquisa do Projeto ProFranca, a morte do filhote pode estar relacionada à ausência da mãe e, consequentemente, à falta de alimento. “Sem reencontrar a mãe, lamentavelmente não resistiu, provavelmente por falta de alimentos”, declarou Karina. Ela explicou que os primeiros meses de vida são cruciais para os filhotes de baleia-franca, pois dependem exclusivamente do leite materno para sobreviverem. Por outro lado, o vínculo lactante com a mãe pode durar até um ano.
O Protocolo de Encalhes e Emalhes da APA da Baleia Franca/ICMBio foi imediatamente acionado para investigar as circunstâncias da morte do filhote. Além disso, a equipe técnica realiza análises para compreender melhor os motivos que levaram ao óbito do animal.
Baleias vieram mais cedo neste ano
As primeiras baleias-francas deste ano no litoral catarinense apareceram no final de maio, na Praia do Rosa, em Imbituba, e na Praia do Sol, em Laguna. Desta vez elas vieram mais cedo que de costume. “No ano passado foi em junho, mas a temporada anual é oficialmente se considera entre julho e novembro. Estes avistamentos são um ótimo presságio”, ressaltou Karina. De acordo com ela, em 2023 se detectou um dos três maiores números de baleias no litoral catarinense (225), sendo que o maior foi em 2018, com 273 registros, entre mães e filhotes.
O Projeto ProFRANCA tem sua sede em Imbituba e é patrocinado pela Petrobras. Neste ano, o monitoramento é feito por uma equipe de 33 pessoas – entre biólogos, coordenadores, administradores, pesquisadores, comunicadores e estagiáros. Além disso, a ideia é estudar de perto esses animais, com o objetivo de obter informações sobre seu comportamento e dinâmica populacional.
O ProFRANCA informa frequentemente em seus stories, no Instagram e Facebook, onde apareceram as baleias-francas. No site do Projeto (baleiafranca.org.br) há mais detalhes sobre como se identifica esses animais e um mapa das avistagens.