Catarinense vence luta nos EUA e vai à final do PFL por U$ 1 milhão

A lutadora de MMA catarinense Taila Santos, de 31 anos, venceu na noite de sexta-feira (2) a norte-americana Liz Carmouche, e se credenciou para disputar a final do torneio do Professional Fight League (PFL), que distribui um prêmio de U$ 1 milhão de dólares a seus campeões, cerca de R$ 5,7 milhões de reais.

Taila já fez parte do UFC, a maior organização de lutas do mundo, mas saiu de lá neste ano e assinou com a PFL. Para chegar nesse duelo semifinal contra Liz Carmouche, Taila venceu duas lutas nesse ano: Ilara Joanne, em abril, e Jena Bishop, em junho.

A vitória sobre Carmouche nesta sexta aconteceu na cidade de Nashville, nos Estados Unidos. Ex-campeã do Bellator, Carmouche também chegou a disputar o cinturão do UFC, em 2013, quando perdeu para a campeã Ronda Rousey.

Após alguns instantes em pé, Carmouche fez o que era esperado e encurtou a distância, tentando derrubar a catarinense, pressionando-a nas grades. Taila se defendeu bem, aplicou uma queda e logo foi para as costas, onde quase finalizou, mas o gongo soou e salvou a americana da posição ruim.

Carmouche mudou o jogo no segundo round e partiu para a trocação. Quando a adversária começou a crescer nessa área, Taila conectou bons golpes e encurtou, tentando derrubar. A americana se defendeu e aplicou uma queda, passando os últimos instantes por cima.

No terceiro e decisivo round, Carmouche partiu com tudo e aplicou uma queda em poucos segundos, mas Taila logo se levantou, trocando golpes no clinche, enquanto ambas permaneciam nas grades. Quando a luta voltou para o centro do cage, a brasileira encaixou bons golpes, mas Carmouche novamente encurtou e pressionou a brasileira contra as grades, derrubando nos segundos finais.

A luta foi para a decisão dos juízes e Taila levou a vitória por unanimidade (triplo 29-28). A adversária de Taila na grande final do milhão será a britânica Dakota Ditcheva, que nocauteou mais uma oponente em sua trajetória até a finalíssima.

Natural de Jaraguá do Sul, Taila fez sua estreia como lutadora profissional em 2013, num evento de lutas em Curitiba, quando venceu Josiane Nunes. A partir daí, foram 14 vitórias e nenhuma derrota até chegar em 2019 ao Contender Series, evento que garimpa novos atletas para o UFC. Ali, não tomou conhecimento da manauara Stefani Almeida, venceu a luta e ingressou de vez na maior organizaçãop de lutas do planeta.

No UFC, Taila conheceu sua primeira derrota na carreira logo na estreia, em fevereiro de 2019, para a italiana Mara Romero Borella. Depois disso, emplacou quatro vitórias seguidas, até disputar o cinturão contra a campeã Valentina Shevchenko, em Singapura, quando perdeu, por decisão dividida dos juizes. Na sequencia, perdeu novamente, desta vez para a norte americana Erin Blanchfield, e deixou o UFC.

Na nova casa, o PFL, foram três vitórias em sequência e a vaga para a grande final do milhão.

Taila é filha do ex-lutador e professor de Muay-Thaiy Gilson Caetano, que por muitos anos comandou em Jaraguá a academia Show Thai. Em 2012, migrou para trabalhar com profissionais mais conceituados, e passou a treinar em Balneário Camboriú, com Marcelo Brigadeiro, da Astra Fight Team.

Em 2017, Taila interrompeu a carreira durante a gravidez da sua filha Glória, que nasceu em outubro daquele ano. O convite para participar do Contender Series veio ainda durante a gravidez. Taila é casada com o triatleta Pedro Barbosa Farias, seu maior incentivador.