O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é um grande defensor da pauta do atual cenário econômico mundial: taxação dos super-ricos. Idealizada pelo economista francês Gabriel Zucman, a proposta consiste na criação de um sistema tributário internacional, com imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários do mundo.
O Governo Federal está atento a esse assunto, na avaliação do governo Lula (PT), o tema entrou de vez na agenda internacional. O potencial de arrecadação é estimado entre US$ 200 e US$ 250 bilhões por ano.
Em um cálculo apresentado em uma reunião do G20, o modelo de tributação progressiva atingiria 3 mil pessoas inicialmente. A proposta atingiria apenas os super-ricos, indivíduos com patrimônio líquido ultraelevado e pagamentos de impostos particularmente baixos.
Na terceira reunião G20, realizada em julho no Rio de Janeiro, todos os países do grupo assinaram uma declaração estabelecendo como princípio continuar estudando formas de taxar os super-ricos.
O ministro Fernando Haddad destacou, na quinta-feira (12), que na na cúpula do final do ano, que contará com a presença de todos os chefes de Estado, a proposta pode ser aprovada. Para o ministro, o que poderia ser feito pela pasta da Fazenda já foi exaurido e agora a proposta está nas instâncias superiores.
Também há expectativa de que o Itamaraty defenda a taxação dos super-ricos nos fóruns da Organização das Nações Unidas (ONU). Também está no radar uma menção ao assunto no discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24 de setembro.