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Dólar cai para R$ 5,13 com redução do pessimismo externo

Bolsa recuou 0,34%, com perspectiva sobre juros no Brasil

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Dólar cai para R$ 5,13 com redução do pessimismo externo
Foto: Valter Campanato

A redução do pessimismo econômico no exterior e as apostas sobre os juros no Brasil fizeram o dólar ter o segundo dia consecutivo de queda expressiva. A bolsa de valores recuou pela primeira vez após três altas seguidas.

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O dólar comercial encerrou esta terça-feira (23) vendido a R$ 5,13, com recuo de R$ 0,038 (-0,74%). A cotação chegou a iniciar em alta, atingindo R$ 5,18 nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. Na mínima do dia, por volta das 15h30, chegou a R$ 5,12.

A moeda norte-americana está no menor nível desde o último dia 12, quando tinha fechado em R$ 5,12. A divisa acumula alta de 2,29% em abril e de 5,7% em 2024. Na semana passada, o dólar chegou a aproximar-se de R$ 5,30.

No mercado de ações, o dia foi mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.148 pontos, com queda de 0,34%. O indicador chegou a subir durante a tarde, mas não sustentou a alta, por causa da queda do preço do ferro no mercado internacional e da expectativa de que o Banco Central (BC) reduza o ritmo de corte na Taxa Selic (juros básicos da economia).

Mercado Global

Nesta terça-feira (23), o mercado global teve um dia de alívio com a divulgação de que o índice de compras por empresas nos Estados Unidos atingiu o menor nível em quatro meses. A desaceleração do indicador, que serve de prévia para o consumo, aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciar o corte dos juros básicos da maior economia do planeta em julho.

A divulgação do boletim Focus, pesquisa do Banco Central com instituições financeiras, influenciou a queda do dólar no Brasil, mas desanimou investidores na bolsa. Os agentes de mercado aumentaram a projeção da Taxa Selic para 9,5% ao ano até o final de 2024. Isso pode reduzir as pressões sobre o dólar, mas impactar negativamente a bolsa.

*Da Agência Brasil, com informações da Reuters

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