
O secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, acompanhado do chefe da Casa Civil, Kennedy Nunes, esteve ontem na Assembleia Legislativa. Em pauta, as emendas impositivas que estão em atraso.
Siewert fez uma explanação dos dados financeiros, indicando problemas burocráticos e documentais que travam determinados pagamentos de forma diferenciada para prefeituras, entidades, outros órgãos públicos e autarquias. Ficou definido que as pendências de cada parlamentar serão analisadas caso a caso, com a assessoria técnica da Fazenda.
Também ficou definido que serão feitos ajustes internos na secretaria para simplificar a tramitação, previsibilidade e liberação de recursos das futuras emendas, de forma mais igualitária, tanto para as entidades assistenciais como para as prefeituras, o que, segundo Siewert, já acontece na chamada “modalidade de execução direta”, dispensando convênios e outras formalidades, dentro das possibilidades legislativas.
Durante a sua fala, Cleverson Siewert anunciou que, somente para este ano, está previsto o pagamento de R$ 726 milhões em emendas parlamentares impositivas ao orçamento estadual. Os pagamentos serão feitos em três lotes, nos meses de junho (50%), setembro (25%) e dezembro (25%).
Desafios do MP

A procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado, Vanessa Cavalazzi, está preocupada com o combate ao crime organizado. Em meio às agendas institucionais, além de lidar com as responsabilidades de quem assumiu o comando do MP há pouco tempo, ela também tem pensado nos principais desafios que devem ser enfrentados. Para isso, a procuradora tem conversado com os demais promotores, de forma a estabelecer uma agenda que permitirá realizar o enfrentamento aos mais diversos crimes, entre os quais o de lavagem de dinheiro e corrupção. Além disso, outro tipo de crime também preocupa Vanessa, que é o caso da violência contra a mulher. As regiões do interior do estado são uma preocupação à parte.
Frente Parlamentar

Foi lançada ontem, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar de Apoio aos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos. A iniciativa, coordenada pelo deputado estadual Alex Brasil (PL), visa discutir e encaminhar as principais demandas dessas categorias. Participaram da mesa de abertura autoridades como a secretária estadual de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, e diretores dos departamentos de Polícia Penal e Administração Socioeducativa, além de representantes da categoria, como o presidente da associação, Alexandre Mendes, e o presidente da Ageppen Brasil, Ferdinando Gregório. O evento foi aberto à participação dos profissionais, que relataram dificuldades e apresentaram sugestões. A Frente atuará como canal direto para o fortalecimento da categoria dentro da Alesc.
Emprego
Santa Catarina teve o terceiro melhor saldo de empregos do país no mês de março, com 9.841 novas vagas, conforme dados do Novo Caged divulgados ontem. Junto com São Paulo e Minas Gerais, os três estados totalizaram um saldo de 62.874 empregos formais, o que corresponde a 88% do saldo Brasil, que foi de 71.576. Além disso, os resultados acumulados no primeiro trimestre de 2025, em Santa Catarina, registraram 63,5 mil novos empregos, o terceiro maior patamar de saldo na série histórica.
Tainha
O governador Jorginho Mello (PL) participa, hoje, do tradicional Café da Manhã da Safra da Tainha, que chega à 18ª edição. O evento marca oficialmente o início da temporada de pesca da tainha no litoral catarinense e será realizado na Praia do Campeche, em Florianópolis, reunindo pescadores da região e autoridades. A atividade acontece no Rancho de Pesca Sociocultural Getúlio Manoel Inácio, localizado no final da Avenida Pequeno Príncipe, a partir das 7h30.
Falta do que fazer?
Às vezes, parlamentares catarinenses dão a impressão de que o Brasil vive numa realidade paralela. Tem deputado que está mais preocupado com a camisa da seleção do que em discutir pautas reais de Santa Catarina. E não é apenas um — tem vários por aí só discutindo temas que estão alheios aos anseios da sociedade.
Um desses é o deputado federal Zé Trovão (PL). Ele quer apresentar um projeto de lei que proibirá a seleção brasileira de usar camisa vermelha ou de qualquer outra cor que não seja a da bandeira. Isso sem falar das inúmeras manifestações sem sentido de políticos catarinenses.
Vamos para a realidade. Primeiro: o Brasil não vai usar camisa vermelha — isso está no estatuto da CBF, é proibida qualquer cor que não seja a da bandeira. A ideia da Nike era de uma camisa para venda, algo que já acontece com outros clubes e seleções que usam cores diferenciadas para vender mais. Compra quem quer. Não é assim que funciona o livre mercado?
Vale lembrar que a CBF é uma entidade privada, portanto, não cabe ao Parlamento definir a cor do uniforme da seleção. Terceiro: qualquer interferência, seja jurídica ou parlamentar, no futebol profissional de um país é passível de punição da Fifa contra a confederação que for alvo, podendo até mesmo a seleção sofrer uma suspensão de competições oficiais.
Portanto, políticos de Santa Catarina, vamos focar na vida real. Até porque a população é inteligente, e usar isso para dizer que, após uma possível camisa vermelha, amanhã a bandeira será vermelha, é coisa de quem quer tratar a sociedade como idiota. Nada mais do que isso.
E, antes que me perguntem, eu já respondo: sou totalmente contra a camisa vermelha ou de qualquer outra cor que não seja a da bandeira. Aliás, acho estranho quando qualquer seleção não usa um uniforme condizente com sua bandeira.
Por favor, menos lacração nas redes sociais e mais trabalho!
Bom feriado!!!

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.
O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.