Região Balneário / Itajaí

As convenções pelo estado; confira os detalhes na coluna

As coligações dos partidos de olho nas prefeituras catarinenses

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As convenções pelo estado; confira os detalhes na coluna

A candidatura de Topázio Neto (PSD) a prefeito de Florianópolis foi oficializada no sábado no Centrosul em Florianópolis com a presença de mais de cinco mil pessoas, superando as expectativas e causando superlotação no local.

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A Coligação “Pra Frente Minha Gente”, além do PSD e do PL, que indicou a vice Maryanne Mattos (PL), também é composta pelo MDB, Novo, Podemos e Republicanos.

O evento contou também com a presença da presidente do PL Mulher Nacional e ex primeira-dama, Michelle Bolsonaro e do governador Jorginho Mello (PL).

Perde votos?

A vinda a Florianópolis da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) praticamente sacramentou o distanciamento de todos os movimentos de esquerda contra o prefeito Topázio Neto (PSD) na eleição. Se, por um lado, o discurso é que o pessedista é de direita, o que de fato é, apesar de não ser bolsonarista nato; por outro, ele perde qualquer chance de obter voto dos 46,67% da população que votou no presidente Lula (PT) na eleição de 2022. É muita gente para ser desprezada pensando em um eventual segundo turno.

Em busca da reeleição

O prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), vai para a reeleição não somente como favorito. Ele também reúne a maior coligação de seu município, contando com o PSD, União Brasil, Republicanos, Podemos, Cidadania/PSDB e PRD.

Ao abraçar uma forte coligação, Silva mostra que o Novo começa a mudar a sua mentalidade para se tornar um partido real, de acordo com o funcionamento do sistema político brasileiro de coalizão. Para isso, ele conta com o apoio de lideranças como o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), os deputados estaduais Napoleão Bernardes (PSD), Ana Paula da Silva, a Paulinha (Podemos), Jair Miotto (UB), Sérgio Guimarães (UB), Marcos da Rosa (UB), Matheus Cadorin (Novo) e o deputado federal Fábio Schiochet (UB).

Força para decidir

O prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), contou com a sua aprovação junto à população para decidir como queria a sua coligação. Não abriu mão de repetir a dobradinha com Regiane Garbin (Novo), sua vice, mas entendeu a importância de uma forte aliança para dar mais robustez a um projeto de reeleição que já começou com boa musculatura.

Tramontin candidato

Em Blumenau foram homologados Odair Tramontin (Novo) como candidato a prefeito e Carlos Wagner, o Alemão (PSD), como candidato a vice. “Eu estou muito feliz com essa primeira experiência que temos com coligação. O PSD está participando desse trabalho de construção para que a gente implemente as propostas que sejam boas para a cidade”, declarou.

Essa é a terceira eleição de Tramontin. Na sua primeira votação, o ex-promotor ficou fora do segundo turno por um pouco mais de 2 mil votos, quase tirando o ex-prefeito João Paulo Kleinubing da eleição. Ao Governo do Estado em 2022, Tramontin recebeu 22.120 votos em Blumenau, um pouco menos de 500 votos em relação ao então governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos), que ficou em terceiro lugar.

Detalhe

Ao contrário da organização da convenção de Florianópolis, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), foi uma atração nas convenções por que passou durante o final de semana, inclusive em Blumenau, Balneário Camboriú e Joinville, onde foi recebido como celebridade.

Juliana candidata

A vereadora Juliana Pavan (PSD) foi homologada pela convenção de seu partido como candidata a prefeita de Balneário Camboriú. Ela terá como candidato a vice o também vereador Nilson Probst (MDB).

Os emedebistas chegaram a ir para uma disputa interna que teve que ser resolvida pelo presidente nacional, Baleia Rossi, que negou o pedido de intervenção feito pelo vice-presidente do diretório, Marcelo Achutti. Alguns partidos ainda podem se juntar à aliança.

DC, por exemplo

O Democracia Cristã fez a sua convenção e contou com a presença da candidata pessedista a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan. Carlos Humberto Silva, pai do deputado estadual Carlos Humberto (PL), é o nome do partido para a majoritária; porém, pode se unir ao projeto de Juliana e Nilson Probst (MDB). Quem também pode fazer parte da aliança é o Novo de Lucas Gotardo e o Progressistas. Detalhe: o DC decidiu que só não coligará com o PT e com o PL.

Soratto é homologado

O deputado estadual Estêner Soratto Júnior (PL) entra como favorito na eleição à Prefeitura de Tubarão. Ele terá como vice o vereador Denis Matiola (PSD). “Uma nova história começa agora”, disse Soratto em seu discurso.

O parlamentar é filho do ex-prefeito Estêner Soratto. A convenção também definiu a chapa de pré-candidatos a vereador do PL. Também integram a coligação os seguintes partidos: Podemos, PRD e União Brasil. Soratto ainda tenta atrair o MDB e o Republicanos.

Pedrão candidato

O suplente de deputado estadual Pedro Silvestre, o Pedrão (Progressistas), foi homologado como candidato a prefeito de Florianópolis. Ele disputará com chapa pura, tendo como vice o coronel Marcelo Pontes. O PRD está na chapa, mas não indicou ninguém para a majoritária.

“O Progressistas unificou o partido e volta às eleições em Florianópolis em grande estilo, com quase metade das candidaturas para a Câmara de Vereadores sendo mulheres, em homenagem à força e à competência da Dona Ângela, que foi a melhor prefeita de Florianópolis”, afirmou.

Venezuela: uma observação

Vale um pequeno texto sobre a eleição na Venezuela, dado o número de imigrantes que vieram para o nosso estado. Pessoas que tiveram que deixar seu país por causa da miséria causada por uma ditadura irresponsável.

A Venezuela, de fato, sofre com o bloqueio econômico provocado por grandes potências. Mas é desonesto atribuir a miséria que tomou conta da população de um país tão importante apenas a esse fato, quando todos sabem que o maior culpado da tragédia social venezuelana é o chavismo. Ou pior, o madurismo.

Mas por afinidade ideológica, há quem defenda o que ocorre lá. Fala-se em transformação social, em luta contra o imperialismo. Ora, quem acredita nessa falácia?! Ser honesto intelectualmente é uma obrigação e, assim sendo, é preciso admitir que não existe ditadura do bem.

Quem cobra a responsabilização dos que tentaram dar um golpe no Brasil, e tem que cobrar mesmo, não pode defender o tirano lunático do Nicolás Maduro, que comete os mais monstruosos crimes contra sua população para se perpetuar no poder.

Seguirá nos próximos anos a brincar de eleição, enquanto os demais países cruzam os braços. Até mesmo quem o critica, nada faz de mais contundente para ajudar a população venezuelana a se libertar de uma ditadura perversa. E qual, não é?

Me solidarizo com os venezuelanos que aqui estão. Com certeza, foram dormir mais tristes, por entenderem que demorará para, os que quiserem, poderem voltar para seu país.

Foram dormir desesperançosos, por verem um país tão importante, governado por um tirano irresponsável que está levando sua população à miséria. E foram dormir descrentes na política como uma ferramenta de transformação da vida das pessoas para melhor.

A Venezuela é um bom exemplo do que um país não deve se tornar. É um recado para todos nós que, independentemente de direita ou esquerda, em uma ditadura, o maior perdedor é o povo. Inclusive aqueles que apoiam o ditador de plantão.

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.

O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.