
A exemplo de Balneário Camboriú, os encaminhamentos do Partido Liberal (PL) em Itajaí também devem influenciar negativamente na relação do governador Jorginho Mello com mais um parlamentar liberal, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo.
Mesmo tendo sido a deputada estadual mais votada na eleição de 2022, quando recebeu 196.571 votos, Ana terá grande dificuldade para indicar o candidato do partido à Prefeitura de Itajaí, sua base eleitoral. Acontece que há dois prováveis cenários sendo desenhados pelo próprio governador com o grupo do prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, que não contemplam o nome defendido pela parlamentar.
O primeiro seria a candidatura do ex-vereador e atual secretário adjunto de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Robinson Coelho. Além de Fabrício, o deputado federal Jorge Goetten também é um defensor de sua candidatura. Já o segundo cenário surgiu na semana passada, com o acordo para a filiação do deputado estadual Egídio Ferrari ao PL; em troca, os liberais apoiariam a candidatura do deputado federal Carlos Chiodini em Itajaí, indicando o vice, que também seria Coelho.
Em resposta à informação que divulguei ontem em primeira mão sobre a filiação de Egídio e a contrapartida em Itajaí, recebi uma mensagem do presidente dos liberais no município. Denisio Baixo tentou descartar a possibilidade de um apoio ao MDB; no entanto, fontes do partido garantem que o acordo foi firmado em Florianópolis.
Apoio a Topázio

O União Brasil oficializou ontem à noite que apoiará o projeto de reeleição do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). O anúncio ocorreu em um jantar na residência do ex-prefeito Gean Loureiro (UB).
Deputados e lideranças do MDB, UB, Republicanos e PSD participaram do evento. Em sua fala, Loureiro disse que caberá a Topázio definir o vice na chapa, mas que o seu partido apresentará os seus nomes como opção.
Porto de Itajaí

Em reunião, sindicatos e representantes de trabalhadores do porto de Itajaí, vereadores e representantes do Executivo discutiram a elaboração de um documento que será enviado ao Ministério dos Portos e Antaq. Na manifestação, serão apresentadas uma série de considerações a respeito do processo atual, que segue travando a liberação do porto para funcionar.
Será destacada a falta de movimentação de navios de contêineres há 14 meses, os problemas de congestionamento enfrentados pelo Porto de Navegantes devido às obras, provocando a interdição de 50% da sua área de berço de atracação para reformas, e a ineficácia das medidas tomadas até o momento em relação ao processo licitatório, em todas as esferas, somando prejuízos econômicos imensuráveis.
Três ações para o Porto
O manifesto que será apresentado ao Ministério de Portos e Antaq pontua 3 ações que podem ser adotadas para trazer novamente contêineres para os berços do Porto de Itajaí. Autorizar que outros operadores portuários possam utilizar equipamentos específicos para operar navios, nos berços 1 e 2, com contêineres vazios ou cheios no Porto de Itajaí, enquanto a arrendatária atual não inicia suas operações nos berços designados; Caso haja denúncia do contrato com a arrendatária atual, que toda a área do Porto seja considerada pública e aberta para operações portuárias de qualquer tipo de carga ou navio, por Operadores Portuários Pré-Qualificados; em caso de encerramento do contrato provisório atual, cancelamento do processo licitatório, e que seja disponibilizada a área do Porto como pública até a conclusão de um novo processo licitatório definitivo.
“Já se passaram quase 3 meses da divulgação da empresa vencedora do processo licitatório e até o momento, não houve mudanças”, comentou o vereador Beto Cunha (PSDB), presidente da Comissão de Assuntos Portuários da Câmara de Itajaí.
Internação involuntária
A Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou ontem, em segunda votação, o projeto de lei que prevê a internação involuntária de pessoas em situação de rua com problemas de vício. A matéria vai para o prefeito Topázio Neto (PSD) sancionar.
O que chamou a atenção foram os protestos com cartazes contra o projeto. No mínimo, descabido, já que qualquer pessoa de bom senso sabe que um cidadão adoecido por causa do vício não terá a mínima força para buscar ajuda. Se o “Estado” não fizer a sua parte, que é o que esse projeto permite, essas pessoas estarão condenadas a morrer diariamente, na miséria e abandonadas.
Quem é contra o projeto não está pensando nas pessoas em situação de rua. Na verdade, não está pensando sobre o assunto, já que não tem nenhuma alternativa melhor do que criticar. Se a internação involuntária não é a solução, o que seria? Deixar essas pessoas nas ruas?

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.
O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.