O ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro se reúne hoje, às 19h, com a executiva municipal do União Brasil. A reunião é para definir a saída do partido do governo de Topázio Neto (PSD). Algumas conversas devem acontecer durante o dia, mas uma fonte me disse que é praticamente irreversível a decisão pelo afastamento do atual prefeito.
Gean não terá nenhuma dificuldade em relação à direção do partido, porém, é preciso aguardar para saber se os vereadores que têm cargos no município aceitarão abrir mão desses espaços e aderir ao afastamento. A mesma fonte me disse que o problema de Gean não é com a aproximação de Topázio com o governador Jorginho Mello (PL). A questão seria o tratamento dado ao UB e a ele mesmo na condição de ex-prefeito, que abriu para Topázio Neto assumir.
Loureiro tem dois caminhos na eleição: o senador Dário Berger (PSDB) ou o ex-vereador Pedro Silvestre, o Pedrão (Progressistas). A fonte me disse que a família Amin não seria um empecilho, pois as rusgas do passado já teriam sido superadas. Mesmo assim, a tendência maior é de Loureiro se aliar ao ex-senador Dário Berger (PSDB); inclusive, o agora tucano espera por uma resposta de Gean.
Legitimidade
Eu sou contra o aborto. Sou contra por acreditar que a vida já nasce na concepção. Além disso, também é preciso ter um controle, pois tem muita gente irresponsável (homem e mulher) que, por uma noite sem o devido cuidado, optariam pelo aborto para se livrar da responsabilidade. Agora, um projeto como esse que foi pautado no Congresso Nacional parte apenas de uma questão de posicionamento político. Nada mais. Não se observa a diferença entre uma imprudência e um crime, no caso, o estupro, entre outras questões que deveriam ser apontadas por especialistas, não por animadores de militância. Como jornalista, fui provocado a dar a minha opinião. Mas devo dizer uma coisa que tem que ficar muito clara para toda a sociedade. Somente os negros têm legitimidade para falar de racismo. Somente os LGBTI têm legitimidade para falar sobre o que sofrem. Somente sendo mulher para falar de machismo, e somente sendo uma mulher ou menina violentada para falar de um assunto tão difícil como o aborto, pelos inúmeros traumas que essa pessoa sente por causa da violência que sofreu. São essas pessoas que sentem a dor na pele e que, por isso, são os únicos detentores de legitimidade para abordar esses temas.
Analisando
Quem anda descontente é o ex-deputado federal coronel Armando. Primeiro suplente do PL na Câmara Federal, Armando analisa o seu futuro na política, inclusive no partido.
Reflorestamento
O deputado estadual Lucas Neves (Podemos) criticou a proposta de seu colega de parlamento Ivan Naatz (PL) de proibir o reflorestamento com pinus na Coxilha Rica, em Lages. O representante da Serra defendeu os setores produtivos e ressaltou a importância econômica para Santa Catarina, maior produtor nacional de madeira serrada. Neves argumentou que legislações recentes já desoneraram a silvicultura de impactos ambientais, enfatizando que novas restrições seriam desnecessárias e prejudiciais. A FIESC também manifestou preocupação com o texto de Naatz, alertando que a medida afetaria setores como serrarias, indústria moveleira e de celulose, que são fundamentais para a economia catarinense.
BR-101
Hoje deve ocorrer em Brasília uma reunião entre a bancada federal catarinense e o ministro dos Transportes, Renan Filho. Em pauta, a revisão do contrato de concessão da Arteris Litoral Sul da BR-101. O governador Jorginho Mello (PL) também foi convidado para o encontro, que será conduzido por Renan.
Advogados e Presos
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou-se contra a decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou o monitoramento de diálogos entre o preso Ronnie Lessa e seus advogados, no âmbito do inquérito 4.954, que investiga o homicídio da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. A medida, que inclui o monitoramento de comunicações verbais e escritas, é considerada pela OAB uma afronta às prerrogativas da advocacia e à ordem jurídica do Estado Democrático de Direito. Em documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a OAB afirma que a determinação fere gravemente a inviolabilidade do sigilo profissional, um direito fundamental garantido pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Advocacia. Foi solicitado ao STF que reveja a decisão.
Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.
O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.