Trocas de acusações entre pré-candidatos de Balneário Camboriú

Considerado um marco e um sucesso pelo público da extrema-direita, o congresso do CPAC, sigla em inglês para a Conferência da Ação Política Conservadora, realizado em Balneário Camboriú no último final de semana (6 e 7 de julho), trouxe dividendos políticos para o atual governo da cidade. Além de contar com a presença de expoentes nacionais do conservadorismo, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro juntamente com sua família (incluindo seu filho Eduardo, um dos organizadores), o presidente argentino Javier Milei foi um dos destaques do encontro.

Suas conversas paralelas com o governador Jorginho Mello foram amplamente cobertas pela mídia do Mercosul, pois esta foi a primeira visita de um presidente argentino ao Brasil sem a presença do chefe de Estado, Lula da Silva.

No entanto, poucas horas após o encerramento do encontro, surgiram pichações de cunho político e ideológico em Balneário Camboriú, acusando o prefeito Fabrício Oliveira, o governador Jorginho Mello e até Bolsonaro de traidores e outros adjetivos. Este ato, considerado crime por si só, desencadeou uma série de acusações de todos os lados.

Acusou o PT

O primeiro a tirar proveito desse fato foi o novo nome da direita em Balneário Camboriú, o pré-candidato a prefeito do atual governo, o pastor Peter Lee Grando (PL), que acusou, sem provas, que “PT e a esquerda” eram responsáveis pelos atos, declarando que “os baderneiros querem governar a cidade a qualquer custo”.

Novato

As trocas de acusações rapidamente tomaram as redes sociais. Mozart Serpa, presidente do PT, chamou Lee Grando de “candidatinho que ninguém conhece” e destacou os investimentos do governo federal na cidade.

Fato criado

Mais tarde, Carlos Humberto “pai”, cujo filho, deputado estadual, foi preterido por Fabrício como candidato do PL, ainda assim entrou na disputa digital. Carlos Humberto, pré-candidato pelo pequeno Democracia Cristã, insinuou que as pichações foram uma armação do atual governo para promover Peter Lee Grando.

Outros nomes

A eleição municipal em Balneário Camboriú já está em andamento há bastante tempo, diferente de muitas outras cidades da região. A cidade ainda conta com os nomes de Juliana Pavan (que compareceu ao CPAC ao lado do pai, Leonel) e Claudir Marciel como pré-candidatos, além de Marisa Zanoni, do PT.

Calmaria na eleição

Enquanto isso, em Brusque, a situação é tranquila, pelo menos entre os eleitores. Até agora, a cidade tem apenas dois pré-candidatos declarados. O prefeito André Vechi (PL), na busca pela reeleição, e o presidente do PT, vereador em exercício Cedenir Simon já coloram seus nomes na rua.

Outros quatro pré-candidatos estão se movimentando nos bastidores, mas ainda não anunciaram formalmente suas candidaturas. São eles: o ex-prefeito Ciro Rosa (PSD), os vereadores Alessandro Simas (União) e Nick Imhof (MDB), bem como, o ex-procurador da cidade Danilo Visconti (DC).