Região Balneário / Itajaí

Os efeitos políticos da CPI da Emasa em Balneário Camboriú

A campanha de Dedé em Itajaí e outras informações sobre o litoral de SC

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Os efeitos políticos da CPI da Emasa em Balneário Camboriú
Foto: Divulgação / Arquivo EMASA BC

A oposição ao governo do prefeito Fabrício Oliveira de Balneário Camboriú acendeu um estopim que pode respingar diretamente na prefeitura e em gestores que no passado administraram a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). Vereadores e o Ministério Público vêm criticando constantemente a autarquia municipal, realizando uma série de questionamentos e investigações sobre a gestão da empresa.

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A água tratada permanece límpida e pura, mas o tratamento de esgoto da cidade, que ainda utiliza tecnologia da década de 80 com poucas melhorias, é alvo das críticas. A balneabilidade da praia central durante a temporada de verão está no centro das atenções.

Relatórios do Instituto do Meio Ambiente (IMA) apontam vários pontos impróprios para banho, evidenciando a ineficiência do tratamento de esgoto. Em resposta, o governo produz relatórios paralelos que questionam os laudos estaduais e, sem citar nomes, alegam perseguição contra Balneário Camboriú.

Opositores

O vereador André Meirinho (PP) propôs a CPI da Emasa. Ele esperou quase quatro meses para obter as sete assinaturas necessárias para iniciar a investigação.

Além dele, Juliana Pavan (PSD), Lucas Gotardo (Novo), Patrick Machado (PDT), Eduardo Zanatta (PT), Alessandro Teco (DC) e Cristiano Santos (PSD) assinaram o pedido na última quarta-feira, em um ato simbólico no Dia Mundial do Meio Ambiente.

CPI em ano eleitoral

O Governo Municipal não se pronunciou oficialmente, mas vereadores da base alegam que a CPI é uma estratégia da oposição para minar os projetos de Fabrício, que já anunciou Peter Lee Grando como seu pré-candidato, ambos do PL de Bolsonaro.

Pai e filho

O deputado Carlos Humberto Silva, o filho, preterido como candidato do PL, junto com seu grupo de apoiadores, está promovendo a candidatura do empresário da construção civil Carlos Humberto Silva, seu pai, como prefeito. Filiado ao Democracia Cristão (DC), o partido já anunciou o ex-prefeito Rudis Cabral como vice.

Pai e filha

Porém, comenta-se que a verdadeira intenção dos “Carlos Humbertos” não é a candidatura à prefeitura, mas sim emplacar o nome como vice de Juliana Pavan, enfraquecendo ainda mais Fabrício. Alguns afirmam que o “acordo” já estaria fechado com a benção de Leonel Pavan.

Campanha de Dedé em Itajaí

Enquanto isso, em Itajaí, o vereador Márcio Dedé continua sua pré-campanha à prefeitura pelo União Brasil, apesar das denúncias do ex-presidente da sigla, Jean Sestrem, contra o governo Morastoni. Durante sete anos, praticamente os dois mandatos do prefeito Volnei, Dedé esteve à frente da Secretaria de Obras, considerada uma das mais estratégicas da prefeitura.

Sem direita ou esquerda

Márcio Dedé tem afirmado em reuniões que quer evitar a polarização Bolsonaro/Lula em Itajaí. Em encontros com apoiadores e pré-candidatos a vereadores, ele vem argumentando que o importante para a cidade não é discutir questões ideológicas, mas sim, focar em um projeto de desenvolvimento para a cidade.

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