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Itamaraty divulga nota repudiando tom ofensivo de declarações da Venezuela

O governo brasileiro disse que recebeu com “surpresa” o “tom ofensivo” das declarações

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Itamaraty divulga nota repudiando tom ofensivo de declarações da Venezuela
Foto: Reprodução / Internet

Nessa sexta-feira (1º) o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota repudiando o tom ofensivo de declarações da Venezuela. O Governo venezuelano tem dado declarações que aumentam a tensão entre os dois países.

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As manifestações recentes de autoridades venezuelanas sobre o Brasil não foram bem recebidas pelo Palácio do Planalto. Em nota, o governo brasileiro diz que recebeu com “surpresa” o “tom ofensivo” das declarações.

Além disso, considerou que a “opção por ataques pessoais e escaladas retóricas” não condiz com a “forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo”.

Na quinta-feira (31) a Polícia Nacional Bolivariana publicou uma imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bandeira do Brasil, com a seguinte mensagem: “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”.

Além disso, no sábado (26), sem apresentar provas, o Ministério Público da Venezuela acusou Lula de forjar um acidente doméstico para não comparecer à cúpula do Brics. A relação com a Venezuela se acirrou após o Brasil vetar a entrada da Venezuela no Brics.

Confira a nota do Itamaraty repudiando o tom ofensivo de declarações da Venezuela:

O governo brasileiro constata com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais.

A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo.

O Brasil sempre teve muito apreço ao princípio da não intervenção e respeita plenamente a soberania de cada país e em especial a de seus vizinhos.

O interesse do governo brasileiro sobre o processo eleitoral venezuelano decorre, entre outros fatores, da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para o qual foi convidado, assim como para o acompanhamento do pleito de 28 de julho.

O governo brasileiro segue convicto de que parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo.