A trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 7h desta sexta-feira (24) no horário local (2h em Brasília) e deve levar à libertação de 13 reféns durante a tarde, nos primeiros sinais de distensão após semanas de guerra. O Catar, que atua como mediador no conflito, anunciou um cessar-fogo de quatro dias, acompanhado de uma troca de reféns por presos palestinos detidos em Israel.
A entrada em vigor do pacto, porém, estava prevista inicialmente para quinta-feira (23), mas foi adiada. A libertação de 13 mulheres e crianças deve ser às 16h. O acordo prevê trocar em quatro dias um total de 50 reféns civis por 150 palestinos.
Ao amanhecer, milhares de pessoas que fugiram das regiões próximas à fronteira com o Egito se preparavam para voltar para suas casas, reunindo seus pertences em bolsas de plástico e caixas de papelão. No céu, aviões israelenses haviam cessado os bombardeios, mas lançaram panfletos de advertência: “A guerra não acabou (…) Retornar ao norte é proibido e é muito perigoso”.
No Sul de Israel, 15 minutos após o início da trégua, as sirenes de alerta antiaéreo foram ativadas em várias localidades próximas à fronteira com Gaza, disse o Exército sem dar mais detalhes. O Hamas anunciou “uma paralisação total das atividades militares” por quatro dias, durante a qual 50 reféns serão liberados. Para cada um deles, “três presos palestinos” serão soltos, indicou.
Na manhã desta sexta, uma fonte de segurança egípcia disse que uma delegação de segurança de seu país estará em Jerusalém e Ramallah para garantir o “respeito à lista” de presos palestinos liberados. Uma fonte dentro do Hamas declarou que a entrega destes reféns será feita “secretamente, longe da imprensa”.
Israel divulgou uma lista de 300 palestinos (33 mulheres e 267 menores de 19 anos) que podem ser soltos. Entre eles, há 49 membros do Hamas.
Com informações da AFP
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