Região Santa Catarina

SC envia bombeiros para apoiar combate aos incêndios no MS

As chamas avançam em áreas de Cerrado e Mata Atlântica

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SC envia bombeiros para apoiar combate aos incêndios no MS
Foto: Arquivo / Corpo de Bombeiros de SC

O Estado de Santa Catarina envia nesta quarta-feira (28) um grupo de 20 bombeiros militares para atuarem no combate aos incêndios florestais que atingem o Mato Grosso do Sul (MS). A missão foi determinada pelo governador Jorginho Mello, que acompanha a saída da equipe do Centro Administrativo de SC, a partir das 10h30.

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Os bombeiros militares são de diferentes regiões de Santa Catarina e irão atuar em cidades de Corumbá, Miranda e Aquidauana, áreas fortemente afetadas pelos incêndios. A operação está prevista para durar cerca de 15 dias, com a possibilidade de revezamento de equipe, caso necessário.

Segundo o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, coronel Jefferson de Souza, a equipe enviada é especializada em combate a incêndios florestais. Além dos bombeiros, o grupo conta com seis caminhonetes 4×4 e equipamentos especializados.

Como motobombas com reservatório de água, abafadores, sopradores, rádios de comunicação, e retardantes químicos. A equipe do portal Guararema News acompanhou a cerimônia. Confira abaixo a matéria do repórter Beto Motta:

MS em alerta

O Mato Grosso do Sul está em situação de alerta máximo. Além do bioma pantaneiro, os focos de incêndio avançam em áreas de Cerrado e Mata Atlântica. Já são 145 dias de Operação Pantanal com 474 ações de combate e 448 de prevenção.

A condição climática aumenta o risco por conta das altas temperaturas com registros que chegam a 41°C, umidade relativa do ar em 10% e rajadas de vento de 50 km/h, favorecendo a propagação do fogo.

Desde o começo do ano até 6 de agosto, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 1.495.475 hectares, o que representa aumento de 114% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 696 mil hectares (considerada até então, a pior temporada de incêndios na região pantaneira de MS).

Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Focos de calor detectados via satélite chegam a 6.026, ou seja 38% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 4.352, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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