Uma organização criminosa suspeita de cometer fraudes previdenciárias em Santa Catarina foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (8), na cidade de Camboriú, litoral Norte catarinense. A operação, denominada Concubinato, cumpriu sete mandados de busca e apreensão. As medidas visam encontrar novas provas sobre a atuação dos suspeitos e identificar valores desviados da Previdência Social.
Durante as investigações, a PF descobriu que a organização criminosa criava vínculos falsos de dependência entre segurados falecidos do INSS e beneficiários que se habilitavam para receber parcelas mensais de benefícios de pensão por morte e valores atrasados. As quantias indevidamente apropriadas eram depositadas nas contas dos falsos dependentes, sacadas e posteriormente distribuídas entre os envolvidos no esquema.
Durante as buscas, a PF apreendeu duas armas sem registro, dois veículos e prendeu duas pessoas em flagrante. Os investigados serão indiciados por estelionato cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão, e lavagem de dinheiro, resultando em até 10 anos de prisão. Além disso, os crimes estão relacionados a organização criminosa, com pena máxima de oito anos.
Contrabando de vinhos
Ainda na quinta-feira (8), a Polícia Federal deflagrou a Operação Norte Velho, para combater o descaminho de vinhos argentinos no oeste catarinense. Na ação, agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em imóveis localizados em Dionísio Cerqueira, no extremo Oeste de Santa Catarina.
Ainda assim, houve diligências nas cidades paranaenses de Colombo, Londrina e Ibiporã. O juízo da 1ª Vara Federal em Chapecó expediu as ordens judiciais. A operação também contou com o apoio da Receita Federal.
De acordo com as investigações, a Polícia Federal identificou um grupo criminoso que introduzia vinhos argentinos no Brasil sem os devidos processos alfandegários e comercializava os produtos de maneira clandestina no território nacional.
Além disso, a PF estima que a prática criminosa tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos. Os envolvidos, ainda assim, poderão responder pelos crimes de descaminho e associação criminosa.