Treze anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado: essa foi a pena aplicada a um dos autores de um assassinato praticado no bairro Canto do Lamim, na região Norte da Ilha, em Florianópolis. Este é segundo julgamento pelo mesmo crime ao qual o réu foi submetido.
No primeiro julgamento, ele havia sido condenado a um ano e quatro meses de prisão, em regime aberto, apenas pelo crime de corrupção de menores, sendo absolvido do homicídio. Mas, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a decisão era contrária às provas dos autos. Por conta disso, o Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen recorreu e obteve a anulação do julgamento.
A ação penal relata que o crime foi praticado em outubro de 2021. Na ocasião, o réu e um comparsa foram a uma barbearia onde estava um adolescente, amigo da vítima. Armados, eles forçaram o jovem a levá-los até a casa onde estava a vítima, Leonardo de Azevedo Pereira. Leonardo teria um desentendimento com o comparsa do réu.
Chegando no local, coagido pelos dois criminosos, o adolescente bateu na porta e se identificou. Quando Leonardo abriu, o acusado sacou a arma de fogo e desferiu dois tiros na cabeça da vítima, que causaram a sua morte.
Na sessão de julgamento realizada na última quinta-feira (26), Kuhnen sustentou que o réu era responsável pelo homicídio qualificado, praticado mediante dissimulação, e, ainda, pela corrupção de menor majorada. A tese foi acolhida pelo Conselho de Sentença, aumentando a pena para treze anos. A decisão ainda é passível de recurso.