O trabalho de ressocialização dos presos feito na Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), tem colocado Santa Catarina como destaque nacional. Conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais, o estado tem 8.221 detentos em alguma atividade laboral. O número representa aproximadamente 33% da população privada de liberdade. Este dado apresenta um número acima da média nacional, que é de 19%.
O governador Jorginho Mello destaca a importância do trabalho para a ressocialização dos apenados como forma de combater a reincidência criminal. “Aqui em Santa Catarina os presos trabalham. Não só em empresas privadas, como para o Estado também. A obra da Emergência do Hospital Celso Ramos foi feita usando mão de obra de detentos e isso acelerou o processo, gerou economia e devolveu pra população um serviço melhor. O trabalho é importante e temos apostado nisso”, salienta.
Ressocialização dos presos e parcerias
Em Santa Catarina existem diversos programa de ressocialização e todos eles integram parcerias com empresas privadas e setores públicos. Isso funciona de tal forma que aconteça a capacitação profissional e empregabilidade dos detentos, incentivando assim o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais. A medida proporciona trabalho dentro e fora das unidades prisionais.
De acordo com o secretário da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Carlos Alves, essa ação reforça o compromisso do governo estadual em garantir que os internos tenham acesso a oportunidades para recomeçar suas vidas. “Trabalho e educação são pilares fundamentais para a recuperação e a inclusão social dos detentos. Ao ampliar essas vagas, damos a eles uma nova chance de seguir por um caminho diferente ao sair do sistema prisional”, afirmou.
O resultado do trabalho
“Aqui a gente aprende a conviver um com o outro e respeitar todo mundo. A gente perde muito tempo aqui, 10, 15 anos da nossa vida e o trabalho ajuda a passar esse tempo mais rápido. O próximo passo é poder concluir meus estudos e depois que sair, lá fora, poder fazer uma faculdade”, disse o detento L.D. que trabalha há quatro meses para uma empresa de embalagens para produtos de cosméticos.
Nas unidades prisionais de Santa Catarina, os detentos fazem produtos diversificados. Contudo, o serviço atinge desde a indústria náutica, cosméticos, embalagens, marcenaria, indústria têxtil e até setor agrícola.
Analfabetismo
Hoje, em um universo de 2.923 presidiários privados de liberdade, restam apenas 60 (0,22%), analfabetos. Ainda neste mês os estudantes do ensino médio realizam o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja PPL). Por fim, esta medida é aplicada há bastante tempo e, no último ano, atingiu 11.692 alunos.