Região Grande Florianópolis

Protesto bloqueia avenida e pede Justiça por crime da boate Sex

Bombeiros conseguiram conter as chamas; ninguém se feriu, nem foi preso

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Protesto bloqueia avenida e pede Justiça por crime da boate Sex
Bombeiros controlaram o fogo em poucos minutos. Foto: Corpo de Bombeiros Militar / divulgação

Um grupo de manifestantes promoveu um protesto na noite desta quarta-feira (9) em Florianópolis em frente à boate Sex Night Club, onde um homem foi morto a tiros por um cabo da Polícia Militar, na madrugada de terça (8). Eles puseram fogo em entulhos sobre o asfalto da avenida Mauro Ramos, uma das principais avenidas do centro da Capital. As chamas foram contidas por bombeiros. Não houve feridos e ninguém foi preso. Confira um vídeo:

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A vítima do crime foi o empresário Thiago Kich de Melo, de 28 anos, morador do bairro João Paulo, e que não possuía nenhuma passagem policial. Ele se envolveu numa confusão junto com dois amigos, quando tentavam deixar a Boate Sex Nigth. Os três não concordaram com o valor cobrado nas comandas.

Um vídeo registrado por uma câmera interna do monitoramento do estabelecimento gravou o momento em que a confusão iniciou. Confira o vídeo:

 Nas imagens, um segurança da casa, identificado como Gian Carlos dos Santos, agride um dos amigos de Thiago com uma cotovelada. Thiago reage em defesa do amigo e parte pra cima de Gian. Nesse momento, outras pessoas que estavam perto tentam intervir.

O cabo da PM Rafael Azevedo de Souza, que parecia estar em outra sala, surge na imagem. Ele se aproxima de Thiago, saca sua arma e dispara um tiro. A vítima cai no chão, e em seguida é agredida com chutes na cabeça, desferidos por Gian Carlo.

Thiago (à esquerda), foi sepultado nesta quarta-feira. Rafael (à direita) segue preso no quartel em Florianópolis.

O cabo Rafael, que está na PMSC há oito anos, se apresentou numa delegacia horas após o crime, acompanhado de um advogado. Ele chegou a alegar inicialmente que a arma havia disparado de forma acidental, mas alterou sua versão ao tomar conhecimento do vídeo.

Da delegacia, ele foi levado para a carceragem do 4º Batalhão da PM, no Centro da cidade. Gian Carlo foi preso e levado à Penitenciária da Trindade.

Nesta quarta-feira, uma audiência de custódia com a participação de um juiz criminal determinou a prisão preventiva dos dois, que devem permanecer atrás das grades até o julgamento, ou até que a justiça se manifeste ao contrário.

A Polícia Civil confirmou que Rafael fazia bico extra de segurança na boate, o que é proibido pelo Estatuto da Polícia Militar.